pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Lula entrega a Dirceu a missão de "pacificar" o PT.
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segunda-feira, 17 de março de 2025

Editorial: Lula entrega a Dirceu a missão de "pacificar" o PT.

Crédito da Foto: Poder 360. 

Comendo o mingau quente pelas beiradas, conforme recomenda o ditado, gradativamente, o ex-Ministro da Casa Civil do primeiro Governo Lula, José Dirceu, ensaia sua volta à vida pública. Recentemente comemorou seu aniversário num restaurante em Brasília, em grande estilo, com 500 convidados de peso, que o trataram como comandante. Muitos órgãos de imprensa resolveram esmiuçar o currículo ou o cargo ocupado pelos convidados para, quem sabe, estabelecer algum parâmetro do prestígio do aniversariante. Não é este o nosso caso. Estima-se que em 2026 ele será candidato a deputado federal por São Paulo. Numa entrevista ao Correio Braziliense, o ex-líder petista afirmou suas preocupações com os rumos que estaria tomando o partido, prestes a uma divisão interna de consequências graves. 

É preciso tomar sempre os cuidados necessários ao falarmos aqui de "divisão" do Partido dos Trabalhadores, um partido que já nasceu dividido em sua origem. O que talvez estivesse preocupando Dirceu naquele momento seria uma cisão ou defecção de alguns grupos da legenda. Em seus 45 anos de História talvez o partido nunca tenha enfrentando uma crise nessas proporções. Até mesmo a tendência de Lula, a CNB, encontra-se dividida em relação ao nome de Edinho Silva, já ungido pelo morubixaba para liderar o partido a partir de junho. O deputado federal Rui Falcão recentemente lançou uma carta à militância, habilitando-se para o cargo, com acenas aos setores mais autênticos ou à esquerda da legenda. Carta de militante, daquelas que advogam que setores do partido estão fazendo o jogo do liberalismo de mercado e que é preciso uma correção de rumo, como uma volta às origens.  

O que se especula é que Lula teria entregue ao líder José Dirceu a missão de pacificar a legenda, o que não seria uma tarefa muito simples, mesmo em se tratando de alguém com o trânsito e a habilidade política do grande timoneiro. Especulou-se que o regionalismo seria o fator determinante em relação às brigas internas da legenda. Pelo andar da carruagem política, hoje podemos concluir que não se trata apenas disso as resistências de alguns grupos internos ao nome de Edinho Silva. O feeling político aguçado de José Dirceu já deve ter percebido outras variáveis. Na nossa modesta opinião, um nome paulista até que seria bem-vindo, se considerarmos os percalços que o partido enfrenta no maior colégio eleitoral do país. 

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