Antes de viajar ao Japão e ao Vietnã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve uma conversa amistosa com o ex-presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, onde se especulou que o teria convidado para ocupar um cargo no seu Governo. Os búzios sobre o destino de Pacheco já foram gentilmente jogados pela imprensa, que previa algumas possibilidades para o ex-presidente da Câmara Alta. Uma indicação ao STF, ao TCU, um ministério do Governo Lula 3 ou uma candidatura ao Palácio Tiradentes em 2026. Da escola política mineira, Pacheco, no entanto, parece não ter identificado ainda algo seguro nas indicações das nuvens, conforme preconizava a raposa Magalhães Pinto.
Depois dessa conversa, Rodrigo Pacheco teria recusado o convite de Lula, a pretexto de cuidar da vida. Na realidade, o que está ocorrendo é uma sondagem do ambiente político, ou seja, em comum acordo com o Presidente Nacional do PSD, Gilberto Kassab, Pacheco aguarda o momento certo para uma tomada de posição, sobretudo em razão do desgaste que o Governo Lula enfrenta neste momento, inclusive nas Alterosas. A disputa em Minas Gerais, como sempre, é uma das mais estratégicas do país. Sabiamente, o PSD apostou pesado nos maiores colégios eleitorais, a exemplo de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Salvo melhor juízo, foi em Minas Gerais que o partido mais cresceu.
Em todo caso, a despeito dessa capilaridade política obtida pelo partido no estado, a quadra mineira é sensivelmente complicada, dada a boa receptividade da população mineira à gestão de Romeu Zema, o desgaste do PT e, por outro lado, as indisposições do bolsonarismo em relação ao ex-presidente do Senado Federal, que ficou bastante arestado com a oposição em razão do seu alinhamento ao Governo Lula 3. Esta difícil decifrar as nuvens.
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