pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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sábado, 26 de maio de 2012

Fundação Joaquim Nabuco promove Seminário Rio+20 Nordeste: Realidades e Perspectivas




A Fundaj promove, em 06 de junho, através de sua Coordenação Geral de Estudos Ambientais e da Amazônia (CGEA), o seminário Rio+20 Nordeste: Realidades e Perspectivas, ainda em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente.

Programação
6 de junho de 2012
9h | Abertura
9h15 | Palestra 1
“Perspectivas para a Sustentabilidade Socioambiental Pós-Rio+20” - Adriana Ramos (Instituto Sócio-Ambiental, ISA-Brasília),
Debatedor: Carlos André Cavalcanti (Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Semas-PE)
10h15 | Debate
11h | Intervalo para café
11h15 | Palestra 2
“Rio+20: O Nordeste e a Sustentabilidade”(Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade doEstado de Pernambuco, Semas-PE) - Sérgio Xavier (Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Debatedor: Clóvis Cavalcanti (Fundação Joaquim Nabuco e UFPE)
12h15 | Debate
13h | Encerramento
:: Baixe aqui a Ficha de Inscrição e remeta para o e-mail cgeaeventos@fundaj.gov.br colocando no assunto (subject) a palavra INSCRIÇÃO.
:: As inscrições serão limitadas a 200 participantes.
:: O seminário será transmitido online no link http://nabuco.fundaj.gov.br/aovivo

LOCAL: Sala Calouste Gulbenkian | Fundação Joaquim Nabuco
Av. 17 de Agosto, 2187 | Casa Forte, Recife - PE

Domingueira do Jolugue: Uma crônica de Luís Fernando Veríssimo.


Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia”, quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia”, quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Flagrante Tumblr!!!



Photo by Manuela Kuepa.

CAFÉ FILOSÓFICO - O TRABALHO 03/06

Verbete de Pesquisa Escolar: Patativa do Assaré.





PATATIVA DO ASSARÉ

Antônio Gonçalves da Silva, dito Patativa do Assaré, nasceu a 5 de março de 1909 na Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município de Assaré, no Sul do Ceará. É o segundo filho de Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva. Foi casado com D. Belinha, de cujo consórcio nasceram nove filhos. Publicou Inspiração Nordestina, em 1956, Cantos de Patativa, em 1966. Em 1970, Figueiredo Filho publicou seus poemas comentados Patativa do Assaré. Tem inúmeros folhetos de cordel e poemas publicados em revistas e jornais. Está sendo estudado na Sorbonne, na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do Professor Raymond Cantel. Patativa do Assaré era unanimidade no papel de poeta mais popular do Brasil. Para chegar onde chegou, tinha uma receita prosaica: dizia que para ser poeta não era preciso ser professor. 'Basta, no mês de maio, recolher um poema em cada flor brotada nas árvores do seu sertão', declamava.
Cresceu ouvindo histórias, os ponteios da viola e folhetos de cordel. Em pouco tempo, a fama de menino violeiro se espalhou. Com oito anos trocou uma ovelha do pai por uma viola. Dez anos depois, viajou para o Pará e enfrentou muita peleja com cantadores. Quando voltou, estava consagrado: era o Patativa do Assaré. Nessa época os poetas populares vicejavam e muitos eram chamados de 'patativas' porque viviam cantando versos. Ele era apenas um deles. Para ser melhor identificado, adotou o nome de sua cidade.
Filho de pequenos proprietários rurais, Patativa, nascido Antônio Gonçalves da Silva em Assaré, a 490 quilômetros de Fortaleza, inspirou músicos da velha e da nova geração e rendeu livros, biografias, estudos em universidades estrangeiras e peças de teatro. Também pudera. Ninguém soube tão bem
cantar em verso e prosa os contrastes do sertão nordestino e a beleza de sua natureza. Talvez por isso, Patativa ainda influencie a arte feita hoje. O grupo pernambucano da nova geração 'Cordel do Fogo Encantado' bebe na fonte do poeta para compor suas letras. Luiz Gonzaga gravou muitas músicas dele, entre elas a que lançou Patativa comercialmente, 'A triste partida'. Há até quem compare as rimas e maneira de descrever as diferenças sociais do Brasil com as músicas do rapper carioca Gabriel Pensador. No teatro, sua vida foi tema da peça infantil 'Patativa do Assaré - o cearense do século', de Gilmar de Carvalho, e seu poema 'Meu querido jumento', do espetáculo de mesmo nome de Amir Haddad. Sobre sua vida, a obra mais recente é 'Poeta do Povo - Vida e obra de Patativa do Assaré' (Ed. CPC-Umes/2000), assinada pelo jornalista e pesquisador Assis Angelo, que reúne, além de obras inéditas, um ensaio fotográfico e um CD.
Como todo bom sertanejo, Patativa começou a trabalhar duro na enxada ainda menino, mesmo tendo perdido um olho aos 4 anos. No livro 'Cante lá que eu canto cá', o poeta dizia que no sertão enfrentava a fome, a dor e a miséria, e que para 'ser poeta de vera é preciso ter sofrimento'.
Patativa só passou seis meses na escola. Isso não o impediu de ser Doutor Honoris Causa de pelo menos três universidades. Não teve estudo, mas discutia com maestria a arte de versejar. Desde os 91 anos de idade com a saúde abalada por uma queda e a memória começando a faltar, Patativa dizia que não escrevia mais porque, ao longo de sua vida, 'já disse tudo que tinha de dizer'. Patativa morreu em 08 de julho de 2002 na cidade que lhe emprestava o nome.

http://www.tanto.com.br/Patativa.htm


Charge!Paixão! Dilma costura o Código Florestal

Paixão

Revista CartaCapital: Quem acredita na resposta de Gurgel à CPI?

Uma vergonha a resposta de Roberto Gurgel, procurador geral da República, à desacreditada Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).


O procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Foto: Agência Brasil

Para Gurgel, o “engavetamento de mais de dois anos foi uma estratégia”. Só não pensou ter sido também uma estratégia para Cachoeira continuar a delinquir.
E quem aproveitou a ilegal estratégia de Gurgel ? Com a palavra, o senador Demóstenes Torres, Fernando Cavendish, responsável à época pela construtora Delta e Carlinhos Cachoeira. Será que teriam coragem de dizer que foram prejudicados pelo engavetamento ?
Por evidente, a sociedade civil e a legalidade foram as principais vítimas do engavetamento.
Volto a afirmar, pela lei processual penal, Gurgel tinha o prazo de 15 dias para se manifestar. Levou dois anos.
Mais ainda, como descobriu Gurgel que outro inquérito (Monte Carlo) seria aberto? E foi aberto por requisição de dois promotores estaduais (nada a ver com o Ministério Público Federal) e em face de ilegalidade decorrentes de exploração de jogos eletrônicos ilegais. E o inquérito (Monte Carlo) foi instaurado anos depois da conclusão do inquérito da Operação Vegas. Pelo jeito, Gurgel tem bola de cristal.
Na resposta apresentada à CPI, o procurador-geral da República nada diz a respeito das trapalhadas feitas pela sua mulher quando entrou em cena como biombo para não atingir Gurgel. Para quem não sabe, ele era muito conhecido no Ministério Público Federal, pois fazia política associativa, interna. Não é, portanto, um diletante na arte de acordos políticos.
Só para lembrar, a subprocuradora sustentou, e foi desmentida pela direção da Polícia Federal, que houve pedido para “segurar” os autos. Ora, se fosse para ganhar tempo, o delegado pediria a volta dos autos para completar diligências. E ele não fez isso. Ao contrário, deu o inquérito por concluído.
Para usar uma expressão popular, não “cola a história” contada por Gurgel à CPI. E o delegado responsável pelo inquérito não iria concluí-lo para depois pedir ao procurador Gurgel, por meio de sua mulher, sentar em cima dos autos.
Abaixo, a notícia publicado, hoje, no Valor Econômico, por Maíra Magro, Yvna Sousa e Bruno Peres:
“O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou ontem, no limite do prazo, seu depoimento escrito à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, com respostas às perguntas feitas por parlamentares. O documento, de sete páginas, repete o argumento de que a decisão de segurar o inquérito da Operação Vegas, em 2009, fez parte de uma estratégia do Ministério Público Federal para permitir novas investigações. Mas não entra na guerra de versões entre a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre quem teria solicitado a paralisação do inquérito”

Wálter Maierovitch

Revista IstoÉ: O jeito Thomaz Bastos de advogar

Pela primeira vez na história do País, um ex-ministro da Justiça acoberta o silêncio de um contraventor perante os holofotes de uma CPI. Márcio Thomaz Bastos joga sua força no caso Cachoeira e levanta polêmica sobre seu modo de atuar

Claudio Dantas Sequeira e Izabelle Torres

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ALCANCE POLÍTICO
Nos últimos anos, Thomaz Bastos deu suporte jurídico ao
ex-presidente Lula, à presidenta Dilma Rousseff e a integrantes do PT

Na última semana, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos protagonizou dois episódios capazes de gerar sérias controvérsias no mundo político e jurídico do País. Em um, exerceu pressão pública sobre o Supremo Tribunal Federal. Em outro, o mais visível e polêmico deles, colocou-se como um obstáculo para o trabalho que o Congresso Nacional pretendia realizar. Em ambos os casos, não praticou ilegalidades ao contrapor-se a dois poderes da República. Mas suas ações também não podiam ser vistas como meros atos rotineiros de um advogado criminalista. As atitudes do ex-ministro da Justiça estavam imbuídas de uma inegável e estrondosa conotação política. Márcio Thomaz Bastos e a maioria de seus clientes sabe que ele ainda é um homem poderoso, com influência sobre partidos, parlamentares e tribunais. Nos últimos anos, ele foi conselheiro de dois presidentes da República e deu suporte jurídico a vários integrantes da PT. Além disso, teve papel decisivo na nomeação de sete dos 11 atuais ministros do STF.

No caso mais emblemático, Márcio Thomaz Bastos, por vezes, parecia zombar do Congresso e dois contribuintes. Ele se postou ao lado do bicheiro Carlinhos Cachoeira durante audiência na CPI que investiga o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro montado pelo contraventor. Orientou seu cliente a ficar calado, para evitar produzir provas contra si mesmo, e com isso provocou a ira de deputados e senadores, que viam no depoimento uma esperança de avançar nas investigações. É indiscutível o direito constitucional de qualquer réu à plena defesa, independentemente da acusação ou malfeito que tenha cometido. Ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. Também é dever do advogado defender um acusado perante a Justiça, até mesmo quando este não dispõe de recursos. No entanto, a CPI é norteada por um processo muito mais político do que jurídico. E, como era sabido por todos os parlamentares presentes, Thomaz Bastos não permaneceu durante toda a sessão acomodado ao lado de um contraventor somente como um grande criminalista. Ele era o retrato de um ineditismo: pela primeira vez na história do Congresso, um ex-servidor público que ocupou a mais alta esfera do Judiciário nacional, dava cobertura e amparo ante os holofotes a um bicheiro, notório criminoso, que já se provou pernicioso ao erário. “Espero nunca mais encontrar o ex-ministro numa situação como essa”, disse o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).
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O CONTRAVENTOR E O EX-MINISTRO
Impávido, Thomaz Bastos permaneceu ao lado de
Carlinhos Cachoeira durante toda a sessão da CPI
Na mesma semana, Thomaz Bastos apareceu junto a outros nove advogados de réus do mensalão como signatário de um documento em que se dizem preocupados com a onda de cobranças contra o Supremo Tribunal Federal no caso. Temem que o julgamento seja inundado por seu caráter político e se transforme num “juízo de exceção” e assim sugerem à corte um rito com limite de sessões semanais. O fato de ter, em alguns casos, indicado, em outros, ajudado a escolher a maioria dos atuais membros da Suprema corte não parece constranger o ex-ministro. “Fui advogado por 45 anos consecutivos, passei quatro anos no Ministério da Justiça, do qual saí há seis anos”, disse Thomaz Bastos à ISTOÉ.

O ex-ministro também negou que tenha entrado no caso Cachoeira por orientação política e não fala em honorários – embora circule a informação de que teria cobrado R$ 15 milhões, em três prestações mensais, para defender o contraventor. A Polícia Federal e membros da CPI suspeitam da origem dos recursos de Carlinhos Cachoeira. O líder do PPS, Rubens Bueno, chegou a questionar, durante sessão da CPI em que estava Thomaz Bastos, de onde vinha o dinheiro para custear a defesa, pois, segundo a Receita, os rendimentos oficiais do bicheiro não chegariam a R$ 200 mil.
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CASO FRANCENILDO
Thomaz Bastos foi quem montou toda a estratégia
de defesa do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci
Não é de hoje que Thomaz Bastos se vê envolvido em casos rumorosos. Ficou famoso seu auxílio, ainda como ministro, na defesa do então ministro da Fazenda, Antônio Palocci, no escândalo da violação do sigilo do caseiro Francenildo. Bastos também assessorou a montagem da defesa de Delúbio Soares e Zé Dirceu no caso do mensalão. Até hoje, Thomaz Bastos é consultado por Lula, que, quando presidente, o chamava ao Palácio do Planalto até cinco vezes por dia. O advogado também deu suporte jurídico à campanha de Dilma Rousseff à Presidência. Pela ligação com o PT e Lula, Tomaz Bastos consolidou na esfera política uma ampla e complexa rede de influências. Todas as indicações para a cúpula do Judiciário, desde 2003, são atribuídas ao ex-ministro, ainda que indiretamente. Quando Joaquim Barbosa foi indicado para o Supremo, Thomaz Bastos ligou para ele em Los Angeles, avisando-o. O mesmo ocorreu com Dias Toffoli, advogado do PT, que foi para o STF com as bênçãos do ex-ministro. Toda essa influência no Judiciário alimenta especulações de que os nomeados não teriam plena autonomia. A mesma impressão ocorre dentro da Polícia Federal, órgão turbinado na gestão de Bastos. A equipe de advogados coordenada por ele agora procura falhas processuais e erros que possam ter sido cometidos pela PF na Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira. Para o líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), não dá para ignorar essa contradição. “É lamentável que isso esteja sendo feito e orquestrado por quem chefiou a Polícia Federal e sabe como poucos como ela funciona”, diz Alencar.
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Revista Veja: Vetos devem enfrentar batalha dura na Câmara

Bancada ruralista vai entrar na Justiça contra decisão do governo. Fatores alheios a projeto, como demora para liberar emendas, podem influenciar

Gabriel Castro e Laryssa Borges
Lincoln Portela: "Estamos vivendo problemas com a desindustrialização, não podemos ter algo parecido no campo" Lincoln Portela: "Estamos vivendo problemas com a desindustrialização, não podemos ter algo parecido no campo" (Sérgio Lima/Folhapress)

O anúncio dos vetos da presidente Dilma Rousseff ao Código Florestal mal havia sido divulgado e os parlamentares ligados aos produtores rural já reagiam, num sinal de que a batalha do governo na Câmara, que analisará os vetos, não será das mais fáceis. O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), por exemplo, prepara um mandado de segurança para suspender os efeitos da Medida Provisória (MP) anunciada pelo governo assim que ela for publicada.
"A medida provisória é inconstitucional, agride o artigo 62 da Constituição e vai fazer com que o Brasil real fique totalmente na ilegalidade. Todos amanhã ficam expostos a essa indústira de multas que ela cria. É uma atitude de quem não conhece o Brasil", ataca Caiado. O artigo 62 da Constituição define que a Presidência não pode editar Medida Provisória sobre tema já tratado pelo Congresso Nacional. "Eu achei uma truculência ímpar da presidente desrespeitar uma decisão majoritária da Câmara", critica o deputado.
Boa parte da bancada ruralista pertence ao PR. O líder do partido na Câmara, Lincoln Portela (MG), diz entender a prudência do governo, mas teme que o excesso de cautela gere prejuízos ao país: "Eu só temo por uma preocupação além daquilo que é necessário, o que pode prejudicar o produtor rural. Nós estamos vivendo problemas com a desindustrialização, não podemos viver algo parecido no campo".
Líder do bloco dito indepentende - governista com ressalvas - da Câmara, Portela também manda um recado: segundo ele, o clima entre a base aliada o Planalto é hoje pior do que quando a Casa votou o segundo turno do Código Florestal, há um mês. "O projeto pode voltar num clima mais tensionado, porque vai havendo acúmulos e essa tensão vai aumentando. Espero que cheguemos a um denominador comum", diz. Portela faz uma referência velada à insatisfação com o ritmo lento de liberação de emendas parlamentares, somado a interesses particulares em nomeações do governo.
Já o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), formado em agronomia e ex-secretário de Agricultura do estado de São Paulo, tem uma visão otimista sobre a decisão da presidente. "Se tem alguma coisa positiva é caminharmos para a segurança jurídica", diz. Para o tucano, o veto significa um avanço porque permite a progressão do debate - agora, novamente no Congresso. "Ela não mexeu nem na questão da somatória da Área de Proteção Permanente com a reserva legal, nem nos percentuais. E não houve o veto total, que não seria bom", defende.
Avanço - Para o líder do PV na Câmara, Sarney Filho (PV-MA), embora o cenário perfeito contemplasse o veto total ao texto, os vetos parciais da presidente ao Código Florestal, com a confirmação da derrubada da anistia a desmatadores, representam uma derrota para a bancada ruralista. “A bancada ruralista saiu fragilizada. Ela estava se achando, achando que podia fazer tudo, acabar com tudo”, declarou.
Favorável ao veto total ao projeto do novo Código Florestal, o parlamentar disse que a legenda manterá o acompanhamento para evitar que, na esteira dos vetos, sejam aprovadas leis com regras ambientais mais frouxas. “Vamos continuar a luta para que não haja retrocesso nem flexibilização da legislação ambiental”, afirmou.“Todas as preocupações de sinalizações de mais desmatamento, de preocupações com manguezais e com áreas de proteção ambiental e contra a anistia foram contempladas, disse Sarney.
Na avaliação do deputado Antonio Roberto (PV-MG), o veto parcial ao Código Florestal, ainda que não completamente explicado pelo Poder Executivo, tem pontos positivos, como a derrubada da anistia a desmatadores e a preservação dos mangues.“Houve um avanço. Está melhor do que estava, com aquele código monstrengo que estava aprovado. Esse monstrengo que foi votado na Câmara era um retrocesso gigantesco com relação ao código atual, que já é antigo. Agora a presidente Dilma colocou como princípio básico de não anistia ninguém. Não faz sentido anistiar criminosos”, comentou.
Crítica - Em nota, o WWF-Brasil criticou a decisão da presidente Dilma Rousseff de não vetar integralmente o texto do novo Código Florestal aprovado pelo Congresso, apesar das frequentes manifestações da sociedade civil pelo veto completo. “A decisão contraria os apelos da maioria da sociedade brasileira, de setores do próprio governo e da comunidade internacional”, disse a entidade ambientalista.
“Apenas o veto integral ao texto possibilitaria a regulamentação da lei atual com participação real da sociedade e da comunidade científica. Sem isso, o Brasil ainda corre risco de retrocesso legislativo, pois as medidas associadas ao veto precisarão novamente do aval do Congresso, aonde ruralistas vêm tentando impor retrocessos à sociedade”, afirmou a WWF.
Rio+20 - Às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), o WWF-Brasil acredita que os vetos parciais ao Código Florestal fazem o país chegar ao fórum de discussões “com um discurso e uma prática incompatíveis, além de uma legislação florestal indefinida”.
“Fora os impactos à credibilidade e à liderança do Brasil no cenário global, poderemos sofrer barreiras comerciais por seguir crescendo de forma insustentável. Também fica a dúvida sobre como o país cumprirá suas metas assumidas internacionalmente para conservação da biodiversidade e proteção do clima”, disse, em nota, a secretária-geral do WWF-Brasil, Maria Cecília Wey de Brito.
Sem entrar na controvérsia sobre a imagem do Brasil durante a Rio+20 após a sanção do Código Florestal, o Partido Verde (PV) afirma que ainda mantém força de mobilização para defender suas casas, mesmo com a saída da principal referência da legenda, a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
“Pelo maior apreço que temos pela Marina, que tem uma história bonita, com grande significado ambiental, o partido vai além da Marina. Existe antes e continuará existindo. Temíamos que a saída iria provocar um certo caos e não houve nada disso”, disse o deputado Antonio Roberto.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Fotografia: Boris Kossoy


Boris Kossoy

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Flowers for Carly
Lulie Wallacew, 2012

Dilma veta 12 dispositivos e faz 32 mudanças no código florestal.



A presidente Dilma Rousseff vetou, nesta sexta-feira (25), 12 dispositivos do texto do Código Florestal aprovado pela Câmara dos Deputados. Entre os itens suprimidos, foi retirada do texto a possibilidade de anistia a produtores que desmataram suas propriedades após julho de 2008.

Para tornar a legislação mais clara, Dilma ainda vai enviar uma medida provisória ao Congresso Nacional para alterar 32 pontos do Código Florestal. Assim, ela vai reestabelecer a obrigação de recuperação gradual das APPs (Áreas de Preservação Permanente), conforme o tamanho da propriedade. Das 32 mudanças, 14 se referem à recomposição do texto aprovado no Senado, 5 são dispositivos novos e 13 são ajustes de conteúdo.

Com as novas regras, a recuperação da mata ciliar para pequenas propriedades não vai variar conforme a largura dos rios. A faixa a ser recomposta vai de 5m a 15m, dependendo do tamanho da extensão da terra. Já no caso de grandes propriedades, a recuperação da APP pode chegar a até 100m.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, demonstrou especial preocupação em punir os desmatadores.

— As diretrizes adotadas compreendem recompor o texto do Senado e preservar acordos e respeitar o Congresso. (…) O veto foi motivado para não permitir que o código pudesse anistiar o desmatamento.

O prazo para que a presidente sancionasse ou vetasse o texto, aprovado pela Câmara dos Deputados no final de abril, terminava nesta sexta.

Leia mais notícias no R7

O texto do projeto de lei aprovado pela Câmara deixou de fora pontos que haviam sido negociados pelo governo durante a tramitação no Senado. Desde então, organizações ambientalistas e movimentos sociais reivindicam o veto integral ou de partes do projeto.

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, exaltou que as mudanças no Código Florestal tem como objetivo a segurança jurídica.

— Nós vamos coroar esse debate sobre o Código Florestal dando muito mais segurança jurídica ao produtor para que ele tenha a certeza de que é possível produzir guardando o meio ambiente. Este não é o código dos ambientalistas ou ruralistas. É daqueles que têm bom senso.

Ao chegar à Câmara, a medida provisória que substituirá os artigos e incisos que sofreram veto por parte da presidente Dilma, passará novamente pelo crivo dos deputados, que foram responsáveis por grandes modificações que não agradaram o governo. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, diz acreditar, no entanto, que haverá consenso na Casa Legislativa quanto ao novo texto.

— Temos confiança sim que esse texto será aprovado porque ele representa um acúmulo desse debate.

Texto da Câmara

Pelo texto aprovado na Câmara dos Deputados, as propriedades rurais localizadas próximas a pequenos rios de até dez metros de largura teriam que recuperar uma faixa de 15 metros em cada margem. O texto se silenciava quanto a rios mais largos.

O combate ao desmatamento foi promessa de campanha da presidente Dilma, principalmente durante o segundo turno, quando tentava conquistar os eleitores da então ex-presidenciável Marina Silva.

O Código Florestal tramitou no Congresso Nacional de 2003 a este ano. Hoje era o último dia de prazo para que a presidente vetasse o projeto.

Os artigos vetados e a medida provisória serão apresentados na íntegra pelo governo na segunda-feira (28).

Fonte: Portal R7

PSB realiza plenária para ouvir prioiridades das mulheres em João Pessoa.


A Secretaria Estadual de Mulheres do PSB vai realizar amanhã uma plenária, no auditório do Hotel Tambaú,para ouvir as propostas das mulheres pessoenses para a Capital. O objetivo do encontro é eleger as prioridades apontadas pela sociedade para montar o plano de governo da pré-candidata à Prefeitura de João Pessoa, Estelizabel Bezerra.

O evento, que terá início a partir das 14h, vai contar com a presença da primeira dama do Estado da Paraíba, Pâmela Bório, da secretária estadual da Mulher do PSB, Valquíria Alencar, do presidente do Diretório Estadual do partido, Ronaldo Barbosa, além da pré-candidata Estelizabel.

De acordo com Valquíria Alencar, cerca de 800 mulheres devem participar da plenária para apresentarem propostas de governo, além das pré-candidatas do PSB às vagas na Câmara Municipal de João Pessoa.

“Vamos reunir representantes do PC do B, PV, PSD, PRP, PPL, DEM, PSL, PCB, PDT e PRB, que firmaram apoio à nossa pré-candidata, além de mulheres que representam associações de bairro, grupos organizados, professoras, jornalistas e movimentos de mulheres. Enfim, mulheres da sociedade civil, que terão a oportunidade de apresentarem suas prioridades para a nossa cidade”, destacou.
Fonte: PSB com www.politicabp.com.br

Marconi Perillo pode ser ouvido pela CPI do Cachoeira.


O grupo intitulado de “independentes”,que atua na CPI do Cachoeira, está se movimentando no sentido de convocar o governador de Goiás, Marconi Perillo, para depor, o que abre um precedente para que os governadores Agnelo Queiroz e Sérgio Cabral também sejam convocados. Depois de sabatinado pelo partido, Perillo afirmou que não tem nada a esconder, inclusive colocando-se à disposição da CPI, o que deixou a cúpula do PSDB mais à vontade sobre a sua convocação. Há, sim, indícios fortes de relações pouco republicanas entre Perillo e a turma do Cachoeira, o que seria ótimo para a Comissão aprofundar. A quebra dessa blindagem envolvendo os governadores de Estado, faria um bem danado a res publica.  

Executiva Nacional do PT decide por novas prévias no Recife.


Num processo que será coordenado pela Executiva Nacional do Partido, o PT realizará novas prévias, agendadas para o dia 03 de junho, onde será escolhido, desta vez espera-se que em definitivo, o nome que deverá representar a agremiação nas eleições de 2012. Elói Pietá, que acompanhou as últimas prévias, anuladas ontem, sob o argumento da ocorrência de falhas, não deverá acompanhar o novo pleito, em razão de uma indisfarçável torcida pelo grupo do Secretário de Governo, Maurício Rands. Há uma infinidade de avaliações na crônica política sobre a decisão tomada pela executiva do partido. De um modo geral, prevaleceu a tese de que o partido deveria preservar-se de um desgaste maior, impondo o nome de preferência de sua aristocracia, Maurício Rands, rasgando sua história de respeito pela opinião e decisões tomadas por sua militância. Como o grupo de Rands esperava que isso ocorresse, aparecem alguns derrotados: o próprio Maurício e o senador Humberto Costa que, num momento de fúria, teria esbravejado contra João da Costa, articulando-se em torno de uma decisão arbitrária da executiva. Enfim, prevaleceu o bom-senso. O pouco de bom-senso que ainda resta ao Partido dos Trabalhadores. Ainda sob a refrega do fogo cruzado, João da Costa teria mantido um diálogo áspero com Elói Pietá. Comenta-se, à boca miúda, que o matuto teria ido às lágrimas, mas aceitado as decisões da executiva com resignação. Vai arregaçar as mangas e trabalhar pela confirmação do seu nome no próximo dia 03 de junho. Em todo caso, embora não tivesse o nome homologado, o resultado final das decisões da executiva indicam,sim, uma vitória de João da Costa. A militância pró-João da Costa vem dando demonstrações de que possui fôlego para essa prorrogação. Como está o preparo físico da militância de Rands?

PSTU-PE: Nota pública sobre as prévias do PT em Recife

 
  
PSTU-PE: NOTA PÚBLICA SOBRE AS PRÉVIAS DO PT EM RECIFE

“Capaz de pisar no pescoço da mãe”..., “mau-caráter”... ”corrupto”..., “comprador de voto”... Com essas expressões vulgares trocadas mutuamente, os principais dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) estadual e municipal retratam o que é este partido hoje.

O lamentável espetáculo das prévias com a guerra de liminares, as agressões físicas entre os militantes, ameaças e agressões até contra a imprensa que cobriam o evento, deixa a população de Recife com uma pergunta no ar: é essa gente que governa a cidade?

O PT de ontem

Toda uma geração de ativistas sérios e abnegados dedicou parte de suas vidas à construção de um partido que representasse os interesses da classe trabalhadora no país. Homens e mulheres que enfrentavam a ditadura militar e buscavam um instrumento de luta contra a exploração e opressão a que eram submetidos nas fábricas, nos canteiros de obra, nas escolas e no campo acreditaram no projeto do PT nos anos de 1980.

Nesse percurso o PT teve um papel fundamental para a construção de uma consciência de classe em determinada época da história recente do Brasil. O jargão “trabalhador vota em trabalhador” resumia esta postura que se difundiu entre uma grande parcela dos trabalhadores. Era um tempo em que ser do PT significava ser um ativista consciente, um lutador de classe, um militante sério. Tinha-se orgulho de erguer a bandeira desse partido nas mobilizações e nos atos públicos.

O PT de hoje

Como todos podem perceber esse tempo já se foi. Hoje o PT abriga em suas fileiras o que existe de pior na política brasileira e suas bandeiras quase não são vistas nos protestos. Não foi o PT que inventou a corrupção, a má administração do dinheiro público, a troca de favores na política. Mas o PT rapidamente se adaptou a tudo isso ao chegar ao poder e hoje comanda o Estado brasileiro seguindo à risca a cartilha escrita pelas velhas oligarquias da direita tradicional (DEM/ex-PFL, PMDB, PSDB e tantas outras siglas de aluguel).

Antes os filiados contribuíam com suas cotizações para a manutenção do partido e tinham direito a decidir sobre os rumos da sigla, hoje o PT se sustenta com dinheiro de grandes empresário (muitos deles acusados de corrupção), de parlamentares (muitos deles envolvidos em escândalos) e de relações questionáveis com o Estado. Tudo é decidido pelos caciques em negociatas das quais os filiados sequer tomam conhecimento.

Dilma, Eduardo, João da Costa e Rands trabalham intensamente para derrotar toda e qualquer mobilização independente dos trabalhadores nos últimos anos, não apenas com o uso tradicional da repressão, mas, principalmente com a cooptação das lideranças sindicais, populares e estudantis.

Essa situação deixa evidente que o imenso nível de investimento público em Suape, através de isenções fiscais, empréstimos e subsídios especialmente para empresas multinacionais, não serviu para alterar em nada a situação da classe trabalhadora no estado.
Isso aparece nos níveis baixíssimos de saúde, escolaridade, na precariedade das moradias e no aumento absurdo da barbárie que atinge principalmente os jovens negros e mulheres trabalhadoras, especialmente na cidade de Recife.
Se para os empresários há todo tipo de incentivos, para os trabalhadores o governo de frente popular reserva a truculência e a repressão. Assim tem sido com as mobilizações estudantis contra o aumento das passagens, com a luta dos camelôs pelo direito de comercializarem nas ruas de Recife e com as lutas dos operários de Suape.

As Prévias em Recife

Com essa trajetória, fica fácil entender que nas prévias do PT de Recife não há uma disputa de projetos para governar a cidade. Há uma batalha pelo comando do aparato da prefeitura com seus milhares de cargos comissionados, os contratos milionários com empreiteiras e prestadoras de serviço terceirizado, pelas verbas do PAC e tantos outros recursos federais que nunca são investidos em benefício do povo.

João da Costa, que atuou no passado no movimento estudantil e depois assumiu o controle do Orçamento Participativo indicado por João Paulo, acostumou-se no poder e decidiu que não iria largar o osso, mesmo sendo tão questionado pela população em geral. O povo credita a ele com toda razão os sérios problemas na saúde, na educação e no saneamento da cidade, enquanto aumenta sem parar a arrecadação e os envios de verbas federais nos cofres da prefeitura.

Maurício Rands, que já foi advogado trabalhista do movimento sindical em outra época, acompanhou também o retrocesso do PT e da CUT e não vacilou em ser vanguarda na reforma da previdência que atingiu duramente os servidores públicos, hoje é o agente direto de Eduardo Campos no PT, que o lançou na disputa, com o intuito de intervir diretamente na prefeitura.

Rands cumpriu o lamentável papel de ter sido o relator da reforma da previdência, que acabou com a aposentadoria integral, com a isonomia de reajuste entre ativo e inativo e aumentou o tempo para a aposentadoria de milhares de trabalhadores. Também fez o serviço sujo de ser o chefe da tropa de choque que defendeu os deputados do PT envolvidos no escândalo do mensalão. Não se pode esquecer que Rands é um os defensores fiéis da privatização da COMPESA.

Pela Frente de Esquerda, com um programa socialista para os trabalhadores

Não basta ficarmos enojados diante desse espetáculo, nossas vidas (salários, empregos, direitos) estão em jogo se esses senhores se perpetuam no poder. A classe trabalhadora da cidade de Recife precisa entrar em cena e se definir por uma alternativa a tudo isso, no campo das lutas e das eleições também.

Nós, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) aceitamos o desafio de desmascarar o governo de frente popular em Pernambuco e em Recife. Como já afirmamos, nosso compromisso é unicamente com trabalhadores.

Afirmamos sem medo de errar que os governos de Dilma (PT), Eduardo Campos (PSB) e João da Costa (PT) estão a serviço dos grandes empresários, banqueiros, latifundiários e políticos corruptos. Chamamos os militantes sérios e honestos do PT a romperem com esse partido que nada mais tem a ver com suas origens.

Achamos que tanto os representantes da velha direita (Mendonça do DEM, Henry do PMDB, Jungman do PPS) como os candidatos governistas (João da Costa e Maurício Rands do PT) fazem parte de um mesmo projeto de governar para os ricos e contra os trabalhadores.

Por isso, estamos apresentando o companheiro Jair Pedro como pré-candidato do partido à prefeitura do Recife. Jair é uma alternativa da classe trabalhadora, comprometido com as lutas populares e disposto a governar apenas para os trabalhadores e povo pobre da cidade.

Desde muito antes das eleições temos feito um insistente chamado aos partidos de oposição de esquerda no estado, especialmente ao psol, ao PCB e também ao PCR, para que formemos uma frente de esquerda.

Uma frente que se expressasse nas eleições e nas lutas dos trabalhadores em Pernambuco.

Uma frente de oposição de esquerda aos governos de Dilma, Eduardo e João da Costa; vinculada ao processo de reorganização do movimento sindical, estudantil e popular no estado como reflete hoje a CSP/CONLUTAS, com uma clara postura classista, um compromisso com a classe trabalhadora, suas lutas e reivindicações, sem qualquer relação ou apoio financeiro de setores patronais, ou com partidos de aluguel e da direita tradicional no estado.

Esse chamado está mais atual do que nunca.

Direção Estadual do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU
Recife, 25 de maio de 2012

Nota do editor: O que hoje chama-se PSTU, no passado, foi a Convergência Socialista, uma tendência, como outras tantas, qua atuavam no interior do Partido dos Trabalhadores. Com o crescente processo de institucionalização do PT, a Covergência Socialista, que manteve-se fiel a algumas teses consideradas radicais, foi expulsa da agremiação.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Executiva Nacional do PT anula as prévias do Recife.


Reunida no dia de hoje, em São Paulo, com a presença dos principais interessados, Maurício Rands e João da Costa, a Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores, conforme já havíamos antecipado, anulou as prévias realizadas no último domingo. Ficou acertado que no próximo mês o PT recifense irá realizar uma nova prévia, com os candidatos já inscritos, subtraindo-se da condição de votantes, um número bastante expressivo de militantes. Apenas poderão votar os que estiverem quites com a anuidade. Resta saber se teremos mais uma guerra de liminares ou os postulantes aceitarão as novas regras. Amanhã, aqui no Blog do Jolugue, as reações dos candidatos.

Qual seria o destino do matuto que tomou água de barreira?


Ainda não sabemos quais seriam as medidas a serem tomadas pelo grupo que apóia o prefeito João da Costa, caso sejam confirmadas as nossas previsões sobre a decisão da Executiva Nacional do Partido, ou seja, a possível anulação do processo de escolha interna do último domingo, possibilidade mais concreta, embora os partidários do prefeito não suportem nem ouvir falar. Além de continuar brigando no PT, uma outra possibilidade seria o prefeito sair da agremiação ou até mesmo ser expulso, como advogam seus adversários. Neste caso, é difícil predizer se o prefeito se preparou para essa eventualidade. Ontem um colunista de política local lembrou o epísódio envolvendo o ex-prefeito e hoje senador da República, Jarbas Vasconcelos, quando teve que sair do PMDB numa circunstância bastante semelhante. Na realidade, o Waterloo petista está apenas começando e o grau de animosidade gerado pelas prévias terá conseqüências nefastas para a agremiação pelos próximos anos. Vamos aguardar os próximos capítulos dessa novela. O ex-prefeito João Paulo não teria sido convocado pela direção nacional para a reunião decisiva da cúpula partidária petista. Mal presságio, Eduardo Maia.

Sérgio Guera acusa o PT de "partidarizar" os trabalhos da CPI


Os comentários do Deputado Federal e Presidente Nacional do PSDB, Sérgio Guerra, sobre uma “partidarização” da CPI do Cachoeira, desqualificando os trabalhos conduzidos pelo PT, soam sem sentido. Os arranjos políticos celebrados nessa CPI – quem acompanha o Blog do Jolugue está bem informado a esse respeito – são escandalosos e envolvem, praticamente, todos os partidos, inclusive o PSDB, comandado por Sérgio Guerra.  Vai Sérgio afirmar que o partido não concordou sobre os "acertos" para a não convocação dos governadores, que envolveriam os nomes de Agnelo Queiroz(PT), Marconi Perillo(PSDB) e Sérgio Cabral(PMDB)? O que se pode dizer de concreto é que, para variar, a oposição continua batendo cabeça naqueles trabalhos, não definindio um estratégia conjunta de atuação.


CPI do Cachoeira: Dadá manteve o silêncio. Nada a declarar.


Convocado para depor na CPI do Cachoeira, o ex-sargento da Aeronáutica, Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, deve manter-se em silêncio, atendendo recomendações dos seus advogados. A prática vem se tornando recorrente. Comentou-se que Dadá teria se predisposto a entrar no programa de delação premidada, mas teria feito tantas exigências que o processo acabou não se viabilizando. Dadá era um espécie de araponga do bicheiro, levantando informações importantes para os seus negócios. A revista Veja teria usado algumas dessas informações em suas matérias, daí a insistênica de alguns membros da CPI, sobretudo ligados ao PT, para que seus editores fossem convocados.

Já faz algum tempo que o PT foi estuprado, caro Múcio Magalhães.


Os comentários do vereador Múcio Magalhães sobre os últimos acontecimentos envolvendo as prévias do PT foram infelizes. Em primeiro lugar, o PT não foi estuprado mais recentemente. Já faz algum tempo.  Outro questionamento pertinente diz respeito ao que, de fato, pode ser apresentado como uma violência não consentida sobre os princípios partidários: a alegação do grupo de Rands sobre as possíveis irregularidades nas prévias ou, o mais grave, o não acatamento do resultado de um instrumento dos mais legítimos da democracia interna petista. Este último, sim, um estupro de fato à história de uma agremiação partidária que deu provas insofismáveis ao Brasil sobre como se constrói um partido de massas, democrático, organicamente vinculado aos movimentos sociais.Muito mais do que sofrer um estupro, Múcio, a aristocracia partidária petista tratou de prostituir o PT. As decisões sobre as prévias do Recife estão sendo tomadas por uma caciquia, uma elite partidária, que não terá nenhum problema em não respeitar a vontade da militância, manifesta no último domingo.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Governador sanciona Lei que garante autonomia da Defensoria Pública.

 




O governador Ricardo Coutinho sancionou nesta quarta-feira (23), em solenidade no Palácio da Redenção, a Lei Complementar nº 20/2012 que dispõe sobre a organização e estrutura orgânica da Defensoria Pública do Estado da Paraíba. Com a nova legislação, a Defensoria Pública ganha a autonomia administrativa e financeira e passa a ter eleições onde os próprios defensores escolherão um defensor público geral.
O projeto de Lei foi enviado pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa em outubro do ano passado e aprovado, por unanimidade, no dia 18 de abril deste ano. "É um prazer muito grande como governador realizar um sonho e dar um passo tão importante para o fortalecimento da Defensoria”, destacou Ricardo Coutinho.
Para o presidente do Sindicato dos Defensores Públicos da Paraíba, Levi Borges, a lei complementar representa um marco histórico para a Defensoria Pública e para os defensores com a adequação a legislação federal instituída pela Lei Complementar nº 132/2009. "Essa adequação trás novidades como a eleição para que a categoria escolha o defensor público geral para formação de uma lista tríplice que será remetida para a nomeação do governador”, destacou Levi.
Após sancionar a lei, o governador classificou o momento histórico em que a Defensoria Pública ganha autonomia administrativa e financeira e, a exemplo do Ministério Público, irá gerir as suas responsabilidades e ações. "É importante que os mais de 350 defensores compreendam que, ao mesmo tempo em que a legislação é um passo para fortalecer a instituição, também é um passo onde poderemos das respostas à sociedade. Cerca de 80% da demanda dos Fóruns Jurisdicionais são de pessoas que necessitam do trabalho do defensor. Esse é um serviço essencial e que deve ser cada vez mais qualificado para que a sociedade se sinta amparada”.
Ricardo destacou que o projeto foi discutido exaustivamente com a categoria e com a Assembleia Legislativa, que soube fazer as mudanças necessárias no projeto original. De acordo com o governador, a partir de agora a Defensoria poderá fazer o disciplinamento salarial e realização de concursos, desde que esteja dentro dos limites da sua capacidade financeira e da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O defensor público geral do Estado, Vanildo Oliveira Brito, destacou que a Lei da autonomia da Defensoria é fruto de uma luta de três anos desde a publicação da Lei Complementar nº 132 e a adequação à legislação nacional está sendo feita com a assinatura de hoje. "A Defensoria vive hoje um marco histórico, um divisor de água, para seu fortalecimento e para a melhoria dos serviços jurídicos oferecidos à população de baixa renda”, completou.

A solenidade de sanção da lei de autonomia da Defensoria Pública reuniu defensores e deputados estaduais. O presidente da OAB Paraíba, Odon Bezerra; o subprocurador do Ministério Público, Nelson Lemos, e o conselheiro André Carlos Pontes também integraram a mesa de honra.
Fonte: Da Assessoria

Teresa Leitão recomenda que a Executiva Nacional do PT acate o resultado as urnas nas prévias do PT no Recife.


A deputada Teresa Leitão, juntamento com outros companheiros, abriu uma cisão na tendência Construindo um Novo Brasil, após desgastantes embates com líderes dessa tendência, culminando com o seu projeto de candidatar-se à Prefeitura de Olinda nas eleições de 2012. O grupo esteve com João da Costa, apoiando o seu projeto de reeleição. Questionada a respeito do impasse vivido pelo partido no Recife, em razão do resultado das prévias, embora saiba-se de sua torcida por João, assumiu uma postura bastante coerente e sensata, afirmando que o melhor para o PT, no momento, seria reconhcer a vitória de João da Costa. De fato, respeitar os resultados das urnas significaria um indicativo de que, pelo menos, o partido ainda flerta com um elemento substantivo de sua história: a experiência de democracia interna. João poderia ir desgastado para o pleito, mas os danos seriam menores do que o não respeito à vontade da militância, impondo-se um nome que não foi homologado pelas urnas. Situação ideal já não é mais possível. Embora Teresa tenha razão, conforme alertamos no nosso artigo, João precisa colocar as barbas de molho, uma vez que a Executiva Nacional da legenda não o deseja como candidato. Há rumores de que eles, possivelmente, anulariam o resultado do pleito.

Comissão de Anistia nega pedido de indenização do Cabo Anselmo


José Anselmo dos Santos, mais conhecido como Cabo Anselmo, protagonista de alguns episódios emblemáticos durante a Ditadura Militar, teve seu pedido de indenização negado pela Comissão de Anistia. O cabo Anselmo é um velho conhecido dos leitores do Blog do Jolugue. Num determinado momento, tivemos a oportunidade de relatar acontecimentos nos quais ele esteve envolvido, como o “Massacre da Granja São Bento", ocorrido na cidade de Abreu e Lima, onde vários “companheiros” de militância foram assassinados, delatados por Anselmo. Havia no grupo, inclusive, uma jovem com a qual ele mantinha um relacionamento amoroso, que estava grávida de um filho seu. Comenta-se que, neste momento, já não havia mais nenhuma dúvida sobre a sua condição de agente da ditadura infiltrado nos aparelhos da luta armada. Circula a versão de que ele seria “justiçado” pelos “companheiros”. Em uma de suas últimas entrevistas, concedida ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Anselmo afirma que não tinha conhecimento sobre a gravidez de Soledad Barrett, na versão do Cabo, uma agitadora comunista profisisonal, o que não minimiza sua responsabilidade direta pelo massacre. Os militares chegaram a afirmar que teria havido um conflito, mas logo essa versão cairia por terra. Os corpos foram encontrados com sinais de tortura e, em sua maioria, foram mortos com tiro na nuca.  Questionado pelos entrevistadores sobre como sobrevive, Anselmo afirmou que ainda hoje recebe a ajuda de alguns “amigos”, possivelmente aqueles que contribuíam para as famosas “caixinhas” da repressão à luta armada. Há muitas evidências de que o cabo Anselmo, desde os levantes dos marinheiros, sempre atuou com o objetivo de infiltrar-se entre os guerrilheiros. É basicamente essa a justificativa para que ele não faça jus a qualquer indenização. Aliás, nós não sabemos se ele, de fato, se chama Anselmo.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Eduardo Campos fecha alianças com Lula.Projeto presidencial apenas em 2018.


A imprensa noticia que o governador Eduardo Campos teria fechado alianças amplas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essas alianças envolvem o apoio do PT em diversas quadras, sob a contrapartida do apoio do PSB à candidatura de Fernando Haddad, em São Paulo, e o apoio ao projeto de reeleição de Dilma Rousseff. Neste caso, se tudo sair conforme o figurino traçado, Eduardo estaria adiando seu projeto nacional para 2018, como previam os observadores mais sensatos, inclusive o editor do Blog do Jolugue.Em São Paulo, a urucubaca em torno da candidatura do ex-Ministro da Educação permanece inalterada. Ele não descola dos 3% das intenções de voto, disputando espaço com ilustres desconhecidos, e bem distante dos principais concorrentes. Como aquele “bêbado” de Brasília Teimosa que antecipou a vitória de João da Costa, ainda no sábado, pelo Blog do Jolugue, a candidatura de Haddad em São Paulo é a crônica de uma morte anunciada.

Vitória de João da Costa aprofunda a crise no PT


Seja qual for a decisão tomada pela Direção Nacional do PT na próxima quinta-feira, as nuvens negras deverão continuar rondando a agremiação pelos próximos anos. O partido chegou a um estágio de desagregação onde não haverá mais retorno. Fala-se inclusive, na expulsão de João da Costa. A arrogância dos partidários da candidatura do Secretário de Governo, Maurício Rands, e a decepção dos apoiadores do prefeito João da Costa dimensionam a gravidade do problema. Pelo microblog Twitter, o Secretário de Turismo da Prefeitura do Recife, André Campos, declara-se decepcionado com o rumo que esse processo está tomando. Fernando Ferro, um dos apoiadores do prefeito João da Costa, em suas últimas declarações, não poupa críticas à postura de Maurício Rands, classificando as manobras do grupo como golpistas. A “tríplice aliança” não aceita o nome de João da Costa de “jeito nenhum”. O senador Humberto Costa já esteve com Eduardo Campos e, conforme advertimos, vem chumbo-grosso contra o vencedor das prévias, um instrumento democrático absurdamente solapado pela aristocracia partidária do PT. Ontem começaram a surgir explicações sobre quem poderia assumir a condição de ponto de equilíbrio, mesmo que instável,  na quadra partidária petista no Estado. Nesses momentos, o nome do deputado federal João Paulo sempre volta a ser lembrado. Pelo humor da Executiva Nacional, no entanto, João Paulo parece ser mais uma carta fora do baralho. Há um consenso entre eles de que João Paulo é o principal responsável por essa enrascada em que o PT se meteu. Não há solução milagrosa para o partido. Vai cindido e irremediavelmente comprometido para as eleições de 2012, numa quadra onde, não fosse a fragilidade da oposição, as chances de êxito nas urnas seriam bastante remotas. As principais lideranças da Frente Popular, contingenciadas pelos fatos, já estão se pronunciando, como é o caso do Senador Armando Monteiro. Eduardo aguarda a decisão da Executiva Nacional, de posse de alguns "dispositivos" que podem ser acionados a qualquer momento.

Audiência com Mantega discute medidas para consolidação da queda de juros no país.


Após afirmar que o Brasil está mais preparado para enfrentar a crise internacional do que em 2008, o ministro da Fazenda Guido Mantega respondeu a um conjunto de questionamentos dos parlamentares, na audiência pública desta terça-feira (22), promovida pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.
O senador Armando Monteiro, membro titular da CAE, elogiou as medidas que o governo federal vem adotando na redução dos spreads bancários. “O governo vem avançando e colocando essa questão (a redução da taxa de juros) no centro da agenda econômica do país”, destacou.
O ministro afirmou que os spreads bancários continuarão diminuindo. “O Brasil é hoje um país mais seguro, e por essa razão nos permite adotar novas medidas de redução das taxas de juros”, reforçou Mantega.
Questionado pelo senador Armando Monteiro sobre a regulamentação do Cadastro Positivo, o ministro esclareceu que a lei de criação do cadastro “apresenta pequenas imperfeições jurídicas, o que inviabiliza a implantação da medida”. Para Mantega, é fundamental a aprovação do Projeto de Lei nº 331/2011, de autoria de Armando Monteiro, para a correção destas imperfeições e, com isso, o governo evoluir no processo de regulamentação do Cadastro Positivo. “Faço votos que o projeto de Vossa Excelência seja aprovado em breve”, afirmou o ministro.
Outro aspecto destacado por Armando Monteiro foi a defesa da concorrência no sistema financeiro. Para o senador, existe um vácuo regulatório nesta questão. Segundo ele, é necessário criar uma estrutura que zele pelos mecanismos competitivos. “O CADE nunca exerceu esse papel, por dizer que esta função é do Banco Central, e este, por sua vez, a exerce de forma insuficiente”.
Mesmo concordando com o senador, o ministro não vê espaço no curto prazo para entrada de novas instituições no país. “No momento, não vejo essa possibilidade, mas em um futuro próximo, a ampliação deste mercado é possível”, comentou o Mantega.
Assessoria de imprensa.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Armando Monteiro: Frente Popular tem obrigação de procurar alternativas


“O PT perde as condições de oferecer à Frente Popular, e ao Recife, um candidatura”. Esta é a constatação do presidente estadual do PTB, senador Armando Monteiro, após os rumos que tomaram as prévias no PT do Recife. Em entrevista a Geraldo Freire, na Rádio Jornal, o senador afirmou que a crise no PT fortalece ainda mais a tese de candidatura alternativa, defendida por partidos que compõem a Frente Popular de Pernambuco (PTB, PDT, PP, PSC e PV).

Para Armando, sob a liderança do governador Campos, a Frente tem agora a responsabilidade de construir as condições para oferecer uma alternativa ao Recife. O líder trabalhista também não vê mais condições políticas de João da Costa e Maurício Rands se colocarem perante a Frente, por não terem sido capazes de construir uma unidade dentro do próprio PT.

Leia entrevista abaixo:

Que condições terá o PT de promover a harmonização da Frente?

Armando Monteiro – “É lamentável verificar que esta novela termina de forma tão traumática, ou seja, um partido que expõe as suas fraturas, mas mais do que isto, um partido que não pode sequer aceitar o resultado das prévias, judicializando o processo.

Pergunto: que condições terá o PT de promover a harmonização interna? Então eu acho que há de se lamentar tudo isto, mas a Frente Popular – e eu tenho dito sempre isto – é maior do que o PT.

E se infelizmente o PT, apesar de todas as oportunidades que foram oferecidas, não é capaz de se entender minimamente, e mais do que isto, expor de maneira tão lamentável estas fraturas internas, eu acho que agora a Frente Popular tem a obrigação de buscar alternativas.

Veja que pra mim isto termina por consagrar a tese da candidatura alternativa, ou seja, o PT perde as condições de oferecer a toda a Frente Popular, e ao Recife, uma candidatura”.

Temos a responsabilidade de apresentar uma candidatura alternativa

Armando Monteiro – “Eu acho que agora nós temos todos a responsabilidade, sobretudo o governador Eduardo Campos, que é o líder maior desta aliança, de promover um esforço e construir as condições para nós oferecermos uma alternativa à Frente Popular e ao Recife.

Isto se impõe, e nós vamos promover – eu digo nós, porque há um grupo de partidos que integram a Frente Popular, e que defendem esta tese há muito tempo – um grande esforço para construirmos isto. Porque eu acho que depois que tudo o que aconteceu, mais do que nunca é necessário buscar esta alternativa”.

Costa e Rands perderam as condições políticas

Armando Monteiro – “Eu não quero dizer que não aceito (a vitória de João da Costa), mas eu já havia dito que o que justificava a tese da candidatura alternativa era a constatação de que o prefeito João da Costa, independente de qualquer avaliação de ordem pessoal, não tinha conseguido reunir as condições políticas para poder receber o apoio da Frente. E por quê? Porque ele não tinha sequer o apoio de seu partido. E agora, infelizmente estas prévias descambam para um processo amplo de contestação e de impugnação do próprio partido. A legitimidade deste processo está questionada pelo próprio partido.

Então eu acho que seja o prefeito João da Costa, seja o próprio companheiro Maurício Rands, há claramente uma percepção de que eles perdem as condições políticas de se colocar perante a própria Frente. Se não foram capazes sequer de construir uma unidade, ou um entendimento em seu partido, como é que poderão agora oferecer à frente a confiança, a autoridade, e as condições de legitimidade para poderem representar a própria Frente na sucessão do Recife?”

Crédito da foto: Alexandre Albuquerque/divulgação

domingo, 20 de maio de 2012

Hoje é o dia "D" para o Partido dos Trabalhadores no Recife.


Hoje estarão sendo realizadas no Recife, através de um processo de consulta interna,  a escolha do nome que deverá representar o PT nas próximas eleições municipais de 2012. Já houve um tempo em que podíamos falar de uma “festa da democracia”. Hoje, infelizmente, como afirmamos num artigo recente, não é mais possível medir o pulso da democracia interna do PT através das prévias. Naturalmente, como afirmamos no mesmo artigo, a experiência de democracia interna do PT é única no Brasil e, em nenhuma hipótese, pode ser posta no lixo da história. Por outro lado, essas escolha internas passaram a ser indicadores do grau de tensionamento e divisões internas da agremiação, controlada por uma aristocracia partidária muito mais preocupado em preservar seus espaços de poder e bastante deslocada da organicidade de antes. Essa organicidade juntos aos movimentos sociais, inclsuive, constituia-se num dos fatores que diferenciavam o PT dos demais partidos do sistema partidário brasileiro, conferindo-lhes o status de verdadeiro partido político de massa. Embora seus dirigentes afirmem isso insistentemente, não há possibilidade da construção de consensos depois dessas prévias. As declarações recentes de João Paulo evidenciam isso. O prefeito João da Costa, por sua vez, é um poço até aqui de mágoas. Vencendo ou perdendo as prévias, João da Costa cria um cenário bastante delicado para o Partido dos Trabalhadores e para a Frente Popular no Recife. Em respeito a ambos os candidatos, não gostaria de apresentar um prognóstico, mas essa viagem de João Paulo no dia do esforço final é bastante sintomática. Outro elemento que não pode deixar de ser considerado é aquele bêbado de Brasília Teimosa que, durante a visita de Maurício Rands, como numa crônica de Nelson Rodrigues, impertinentemente, insistia em afirmar: “o João vai ser campeão!!! O João vai ser campeão!!! Ninguém quis perguntar sobre qual o "João" ele se referia.







 

sábado, 19 de maio de 2012

PMDB se queixa do socorro de Dilma a Fernando Haddad




A cúpula do PMDB está aborrecida com Dilma Rousseff. O desgosto é maior entre os integrantes do grupo mais fiel a Michel Temer. Nesse núcleo, a presidente é acusada de descumprir um compromisso que assumira com seu vice.
No início do ano, Dilma dissera a Temer que não se envolveria na campanha para prefeito de São Paulo. Candidato do PMDB à prefeitura da capital paulista, o deputado Gabriel Chalita soltara fogos.
Para a turma de Temer, ficara entendido que, onde houvesse mais de um candidato governista, a presidente não se meteria na disputa. De repente, Dilma pôs-se a servir de alavanca para Fernando Haddad, o candidato do PT.
No início da semana, foram ao ar insenções publicitárias do PT. Nas peças, Dilma apareceu ao lado de Lula e Haddad. Uma tentativa de inocular na campanha, por meio de dupla transfusão de prestígio, ânimo capaz de arrancar Haddad dos 3% em que se encontra estacionado nas pesquisas.
Nesta sexta (18), para desassossego de Temer, Chalita e Cia., Dilma voltou a emprestar seus bons índices de popularidade à causa de Haddad. Junto com Lula, desfilou ao lado do candidato petista na exposição dos painéis “Guerra e Paz”, de Cândido Portinari.
Antes, participaram de um almoço com lideranças do PT, num restaurante próximo ao Memorial da América Latina, local onde Portinari está sendo exposto. Submetido às evidências, o PMDB está mais para a guerra do que para a paz.

Blog do jornalista Josias de Souza, Portal UOL notícias.
Crédito da foto: Ricardo Stuckert, Instituto Lula.