Formou-se uma grande expectativa em torno dos resultados da
pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha sobre as eleições municipais de
2012, inclusive no Recife. Alguns aspectos estavam em jogo. Primeiro, a grande
credibilidade do Instituto, com atuação nacional e com vários anos de
experiência, o que lhes confere um grande respeito. Some-se a isso, apesar das
críticas dos candidatos desfavorecidos em seus levantamentos, um número
expressivo de acertos nas últimas eleições. As duas últimas pesquisas de
intenção de votos nas eleições do Recife foram realizadas por institutos ainda
não consolidados no mercado, o Instituto Opinião, de Campina Grande, e o
Instituto Maurício de Nassau. O resultado da pesquisa realizado pelo Datafolha,
porém, apenas confirmam os dados antes apresentados pelos demais institutos,
apresentando uma ligeira diferença que pode, perfeitamente, ser enquadrada na
margem de erro. É exatamente essa convergência nos resultados que deixam alguns
candidatos, caso de Humberto e Mendonça, satisfeitos, mas começam a preocupar o
comitê de campanha de Geraldo Júlio. Pode ser um equívoco imaginar que ele está
crescendo. Pelos levantamentos do Instituto Opinião, por exemplo, ele aparece
com 5% das intenções de voto. No Datafolha, 7%, o que pode significar uma “estabilização”.
Muito mais do que os resultados terem sido apresentados por este ou aquele
Instituto, no momento, o que nos parece mais importante é verificar a
convergência dos números apresentados – bastante semelhantes – e, sobretudo, o fato de que isso faz parte de uma “série” de pesquisas, realizados com intervalos
regulares, o que pode antever uma tendência. Neste sentido, convém o comitê de
Geraldo Júlio acender a luz amarela ficar de olhos bem abertos ao semáforo das
próximas pesquisas. Ou, para dirimir qualquer dúvida ou evitar surpresas desagradáveis, contratar o Núcleo de Estudos Eleitorais e Partidários da UFPE. Nada que provoque uma preocupação demasiada, mas que exige um monitoramento sistemático e, quiçá, mudanças nas estratégias. Capacidade de trabalho o candidato tem demais. Comenta-se que, recentemente, num único dia, dedicou 21 horas à campanha. Nesse ritmo e bem assessorado, ele reverte qualquer quadro.
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