pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Geraldo Julio investe nos currais eleitorais neopentecostais.
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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Geraldo Julio investe nos currais eleitorais neopentecostais.


No final da década de 40 foi lançado um livro emblemático sobre a cultura política brasileira. O livro? Coronelismo, Enxada e Voto. Seu autor? Victor Nunes Leal. Em razão da primazia da abordagem, o enfoque do autor, o minucioso rigor da pesquisa, logo o livro se tornaria um clássico na área de sociologia política, uma referência indispensável, até hoje, sobre os estudos envolvendo o coronelismo e o chamado "voto de cabresto" no país. A relação entre o voto, a política e os grupos religiosos pentecostais, neopentecostais e pós-pentecostais estão a exigir um estudo do porte do realizado por Victor Nunes Leal, focado no coronelismo agrário e os chamados “currais eleitorais”, uma massa de manobra comandada com absoluto rigor por chefes políticos locais, votando de “porteira fechada” em quem eles indicassem. Muito repercutiu a aproximação do candidato do PSB à Prefeitura da Cidade do Recife, Geraldo Júlio, junto aos evangélicos das Igrejas Universal do Reino de Deus, Assembléia de Deus e do Evangelho Quadrangular. Dessas, duas estão praticamernte fechadas com o candidato, a Universal e a Assembléia. Trata-se de um jogo de conveniência extremamente importante e estratégico para as ambas as partes. A política entre os pentecostais e neopentecostais é algo levado muito a sério. Trata-se de algo sistemático, minuciosamente planejado e bastante articulado. Há coalizões e bancadas políticas nas casas legislativas, partidos organicamente vinculados, todos dispostos a defenderem os projetos de interesses corporativos dessas igrejas. Pragmaticamente, para os políticos, não há melhor negócio: é voto certo, porteira fechada, nos moldes dos antigos currais descritos por Victor Nunes Leal.  

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