pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Teria Eduardo Campos realizado um movimento precipitado?
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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Teria Eduardo Campos realizado um movimento precipitado?


Um bom enxadrista passa horas e horas examinando o tabuleiro para decidir sobre uma jogada que encurrale o adversário ou impeça a primazia ou vantagens de seus movimentos. Uma jogada mal calculado tanto pode prejudicar o jogador que tomou a iniciativa, como acordar o adversário sobre suas possíveis manobras, levando-o a tomar medidas preventivas, prevenindo-se contra eventuais investidas. Em outras palavras, uma jogada mal calculada pode trazer algumas conseqüências imediatas e, pior, “entregar o jogo” ao adversário. Em muitas rodas políticas começam a surgir especulações sobre os últimos movimentos do governador Eduardo Campos, sugerindo que talvez houvesse aí algum ingrediente de açodamento e precipitação. Se não, vejamos: a) Não se sabe se a presidente Dilma teria ficado rigorosamente convencida sobre os seus argumentos em razão das rusgas criadas com o PT. Eduardo Campos tentou convencê-la de que o PSB estaria bem mais próximo do seu projeto de reeleição do que alguns setores do próprio PT. Dilma, que vive às turras com o PT paulista, em certa medida, pode até ter concordado com o governador pernambucano. Teria ouvida da presidente a promessa de um possível não envolvimento pessoal nas eleições recifenses. Logo em seguida, a presidente Dilma concedeu uma audiência ao senador Humberto Costa, reafirmando a sua disposição em participar do pleito no Recife, fato bastante comemorado pelos petistas. b) Em encontro mantido com os caciques da legenda, Recife – que sempre foi prioridade para o partido – mesmo diante das circunstâncias particulares que envolvem as eleições em Belo Horizonte e São Paulo – foi posta como prioridade das prioridades. Apesar da largada acanhada de Geraldo Júlio – não se enganem – Recife terá uma das eleições mais polarizadas e acirradas. A tendência natural é que Geraldo Júlio equilibre o jogo daqui para frente. Caso o candidato do governador seja derrotado pelo PT, não há dúvida de que Eduardo acusará o choque. Sairá chamuscado do episódio, turvando, em certa medida, seus projetos presidenciais. c) O PMDB – apesar de uma possível articulação com o PSB no plano nacional – bate uma cravo e outra na ferradura. As raposas da legenda manobram com os diversos cenários possíveis, sendo um deles repetir a dobradinha das últimas eleições, ou seja, PT-PMDB. A demasiada “autonomia” de Eduardo reacendeu na legenda a preocupação em perder a prevalência junto a presidente. Matreiros, começaram a trabalhar em duas frentes: garantir os espaços de sua invejável e desejável musculatura política e, numa outra frente, chegar mais cedo ao Planalto para não aborrecer a presidente, como ocorreu até recentemente, quando Dilma convocou Michel Temer para pedir sua ajuda para contornar o impasse das eleições mineiras. Temer, numa resposta rápida, retirou a candidatura do PMDB, dando uma prova de lealdade a presidente. d) O próprio Temer, em entrevista recente ao jornal Folha de São Paulo, em tom inigmático, chegou a insinuar alguns possíveis recados. Numa dessas mensagens cifradas endereçadas ao governardor de Pernambuco, teria usado a expressão: apressado come cru. e) Os jornais de hoje trazem a notícia de uma grande devassa em curso nos Ministérios ligados ao PSB, ou seja, Integração Nacional e, ainda mais preocupante, no Ministério da Ciência e Tecnologia, na época em que aquela pasta foi ocupada pelo hoje governador, Eduardo Campos. Comenta-se que a manobra teria o dedo de José Dirceu. Pay attention, Eduardo!!!

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