Depois que se afastar da vida pública e retornar a Angelim,
cidade onde nasceu, o prefeito do Recife, João da Costa, terá todo tempo do mundo para
descrever, com minúcias de detalhes, todos os episódios pouco esclarecidos
sobre seu calvário como candidato à reeleição. Terá muito assunto sobre o tema, a exemplo do ex-prefeito, Roberto Magalhães, que está lançando um
livro de memórias sobre sua vida pública. Hoje se sabe, por exemplo, que a cúpula petista tentou dissuadi-lo do projeto de reeleição oferecendo um cargo relevante no Governo Dilma Rousseff. O destino político do prefeito é uma
incógnita, mas algumas possibilidades estão descartadas. A hipótese de apoio ao candidato
do PT, Humberto Costa, hoje, é remota. Sua permanência no PT apenas seria
possível num contexto onde ele reunisse um grupo com força capaz de dar uma
revanche em seus adversários na agremiação. Por outro lado, suas negociações
com atores políticos ligados ao PSB continuam muito bem azeitadas,
sugerindo-se, inclusive, que ele poderá apoiar o candidato Geraldo Júlio.
Apesar de sua taxa de rejeição ser superior a 50% da população recifense,
Humberto Costa desdenha, mas, concretamente, mesmo nessas circunstâncias, o
apoio do prefeito, em determinado contexto, poderá ser decisivo para esse ou
aquele candidato. Até sua decisão, o prefeito será cortejado pelo candidato do
PSB e Humberto, se não o faz, é porque já entendeu ser improvável uma
reconciliação entre ambos.Ou seja, João da Costa é bem-amado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário