Ontem, domingo, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos,
concedeu uma longa entrevista ao jornal Folha
de São Paulo. Além de ser inquirido sobre o seu projeto presidencial –
assunto que hoje domina a pauta dos principais veículos de comunicação do país –
Eduardo precisou se pronunciar sobre um assunto que se tornou espinhoso: a
relação do seu partido, o PSB, com o PT do presidente Lula. Matreiramente,
agindo como um incendiário, José Dirceu vem plantando notinhas na imprensa,
aumentando os níveis de combustão entre as duas legendas. A julgar pelo
posicionamento de Eduardo e Ciro Gomes, ele será respondido na mesma altura de
suas provocações. Num pronunciamento recente, Ciro Gomes denunciou o apetite
incomensurável do partido dos trabalhadores, argumentando que eles só querem o “vem
a nós”. Eduardo também não fez questão de ser diplomático quando se referiu ao
assunto, assumindo que quem está criando problemas para Dilma Rousseff não é o
PSB e sim o PT. Hoje, segunda, Eduardo tem um agendamento com a presidente,
onde deverá tratar do assunto. Parece-nos que a tendência natural será mesmo o
esgarçamento dessa relação, em razão, essencialmente, dos projetos distintos das
duas legendas, embora se saiba que Dilma Rousseff não embarcará na proposta fratricida do PT paulista nem Eduardo Campos tenha resolvido comer o mingau quente pelo centro antes de "esfriá-lo".
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