sexta-feira, 6 de junho de 2014
Caiu a ficha de Marília Arraes...só agora?
Que nos perdoe a vereadora Marília Arraes, mas, em nenhuma hipótese essa posição dela no sentido de retirar sua candidatura a deputada federal, que vinha sendo costurada nas hostes socialistas, pode ser entendida como um "desencanto" com os rumos que a agremiação está tomando no Estado. Ela teria acusado Eduardo Campos de ser centralizador, o que não se constitui nenhum fato novo. Não se trata, obviamente, como tentou justificar a vereadora neo-socialista, de suas dificuldades em conviver com raposas felpudas das velhas oligarquias políticas do Estado, capitaneadas por partidos como o DEM, cujo ex-governador, Dr. Arraes, sempre combateu no passado. Também teria externado sua dificuldade de convivência com o senador Jarbas Vasconcelos, um ex-inimigo figadal da família Arraes, que Eduardo incorporou entre seus apoiadores. Apesar do discurso de "Nova Política", na província, permanecem as práticas políticas mais arcáicas e atrasadas. Estaria, em jogo, segundo comenta-se, os redutos eleitorais da mãe do governador, Ana Arraes, hoje no TCU. Esses "currais eleitorais" já teriam sido distribuídos, inclusive para viabilizar a candidatura de Jarbas Vasconcelos. Concretamente falando, o partido vem fazendo um arranjo político onde alguns atores, caso da vereadora, estão sendo, literalmente, apeadas. Essas questões valorativas ou de caráter ideológico não entram na agenda da realpolitik neo-socialista, principalmente quando está em jogo a disputa de "nacos" de poder ou "controle" da máquina. Questionado outro dia sobre Severino Cavalcanti e Inocêncio Oliveira, o "Galeguinho" teve o despropósito de afirmar que essas figuras haviam sido aposentadas da política pernambucana. O PR, de Inocêncio, é um dos partidos que mais vem causando problemas para o candidato do Palácio do Campo das Princesas ao Governo do Estado, Paulo Câmara. Deseja uma participação mais efetiva na máquina estadual, além do apoio aos nomes que o partido apresentará na disputa proporcional de 2014. Se, em algum momento a vereadora foi sincera, trata-se de um arrependimento tardio.
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