Mantive alguns contatos com o Deputado Paulo Rubem, ainda na condição de um estudioso do Partido dos Trabalhadores. Nos vem à mente, nosso encontro no seu gabinete de Deputado Estadual, eleito pelo PT, na Assembléia Legislativa do Estado, de posse do meu inseparável gravador e um bloco de anotações. Papo de uma tarde toda, envolvendo, sobretudo, a batalha travada pelos autênticos militantes para a construção de um partido político com as características singulares do PT. Ainda hoje, alguns aspectos da fala de Paulo Rubem são emblemáticas em nossos comentários políticos, como as famosas reuniões dos integrantes do partido no Sindicato das Empregadas Domésticas; a expulsão de Arthur Lima Cavalcanti dos quadros da agremiação, acusado de abuso do poder econômico; e uma correção histórica: a primeira cidade a ter um prefeito petista não foi Diadema, em São Paulo, como muitos imaginam, mas Santa Quitéria, no interior do Estado do Ceará. Desde a época de militante renhido do Partido dos Trabalhadores, Paulo Rubem sempre levantou algumas bandeiras importantes, sobretudo no campo educacional, quem sabe por sua condição de ex-professor de educação física. Trata-se de um parlamentar atuante, mesmo quando deixou de militar no PT, de onde saiu em razão de divergências com a agremiação. Vejo com muito bons olhos a sua indicação como vice na chapa do senador Armando Monteiro. Mesmo com a resistência forte de setores do PDT local - alinhados com a candidatura do Palácio do Campo das Princesas - Paulo Rubem empreendeu enormes esforços para levar o partido para o palanque da oposição, no que foi exitoso. A direção do partido no Estado ainda tentou impor um outro nome, mas a manobra não foi bem-sucedida. A canjica da Fazenda Macambira, desta vez, azedou. As decisões políticas envolvendo atores políticos ligados à Princesa do Agreste - bem-sucedidas ou não - passam pelo arraial de São João da fazenda da família Lyra.
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