sexta-feira, 6 de junho de 2014
O inferno astral de Eduardo Campos
O inferno astral de Eduardo Campos. Penso que o ex-governador e candidato à Presidência da República cometeu muitos erros de avaliação. Uma ambição desmedida, aliada a uma tendência autocrática se encarregaram de completar o serviço. É bem possível que saia dessas eleições bem menor do que quando entrou. Mesmo se considerarmos a hipótese de uma preparação para voos mais altos em 2018, ainda assim, o cenário que ele vem construindo não é nada alvissareiro. Num curto espaço de tempo, uma enxurrada de fatos e notícias nada agradáveis ao presidencial pernambucano. a) Transitou como um ilustre desconhecido pelas ruas de uma cidade do Rio Grande do Sul. Até o momento, seu esforço para tornar-se uma personalidade política conhecida nacionalmente, parece ainda não ter surtido o efeito suficiente; b) Em São Paulo, a cúpula da legenda deve indicar o apoio ao nome do atual governador, Geraldo Alckmin, para a reeleição, contrariando a opinião da Rede, que preferia uma candidatura própria em praças como São Paulo e Minas Gerais; c) Recuou da tentativa de impor o nome do primogênito, João Campos, na liderança da JSB, atitude contestada por setores do partido, que alcançou uma repercussão bastante negativa; d) A vereadora Marília Arraes, sua prima, em entrevista coletiva, condenou abertamente os seus "métodos" dentro da agremiação; e) Agora foi a vez de lideranças da Rede Sustentabilidade em Pernambuco fazerem coro à vereadora, informando o mesmo problema, ou seja, os "ungidos" preferenciais são velhas raposas da política pernambucana, vinculadas ao DEM, enquanto o pessoal da Rede, aliados de primeira ordem, estão sendo escanteados; f) Por fim, a última pesquisa do Instituto Datafolha, onde o postulante aparece com 7% das intenções de voto, oscilando numa curva descendente, o que o aproxima de um empate técnico com o pastor Everaldo, do PSC, uma situação vexatória para quem tinha tantas ambições; g) Para completar o enredo, sem andor, o "poste" indicado para concorrer ao Governo de Pernambuco pela legenda socialista também não consegue deslanchar. Cravou risíveis 8% numa das últimas pesquisas de intenções de voto. Se ainda houver alguém de bom-sendo entre os seus comandados, talvez já esteja na hora de reavaliar a situação. Quando comentamos que ele estava se metendo numa tremenda enrascada, um dos seus asseclas escalado para nos contestar ficou possesso. O mais engraçado é que pessoas ligadas ao jornalismo de cabresto que hoje se pratica em alguns órgãos da imprensa pernambucana preferem não enxergar o óbvio; h) Ainda tem as denúncias da Dilma Bolada de que sua equipe de gerenciamento nas redes sociais estaria "comprando" seguidores.
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