pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Em Pernambuco, 2018 já começou.
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sábado, 4 de março de 2017

Editorial: Em Pernambuco, 2018 já começou.





O nosso blog sempre mantem uma linha de acompanhamento das eleições realizadas aqui no Estado, publicando, sistematicamente, artigos sobre o assunto. Começamos esse trabalho com uma certa antecedência. No final, são tantas páginas escritas que reunimos-as num livro. Não se aconselha começar esse trabalho com muita antecedência, sob pena da ausência de fatos políticos que, concretamente, mereçam alguma análise. Mas, aqui na província, pelo andar da carruagem política, a campanha de 2018 já está definitivamente nas ruas, com mote bem diagnosticado: a nevrálgica situação da segurança pública no Estado, que mobiliza toda a oposição nas críticas à administração do governador Paulo Câmara. Como disse antes, o Governo do Estado parece ter acordado de um sono profundo que produziu o monstro dos altos índices de violência do Estado, mas os resultados não surgem do dia para a noite.  

Até a oposição reconhece que há algumas variáveis que fogem ao controle do Estado no quesito segurança pública, como uma maior controle sobre a entrada de armamentos de grosso calibre no país, através das nossas vulneráveis fronteiras. Neste aspecto, procedem as observações do governador Paulo Câmara sobre a necessidade de o Governo Federal tomar providências quanto a este assunto. Mas, se por um lado isso é verdade, existem outras variáveis que poderiam ser controladas, mas a gestão estadual perdeu o controle sobre as mesmas. Não vamos entrar aqui nesses pormenores porque já os tratamos em inúmeros artigos aqui pelo blog.  Devo ressaltar, entretanto, que, muito mais do que uma "vulnerabilidade" da administração pública, a atitude mais republicana e coerente da oposição ao Governo Estadual seria no sentido de se encontrar os meios pelos quais esses índices de violência possam ser debelados. Quando as coisas não vão bem por aqui, atingem a todos nós. Segurança pública é coisa muito séria para ser conduzida apenas como uma "agenda da oposição". Por outro lado, isso também não significa que as responsabilidades do poder público não devam ser cobradas. 

Para identificar o grupo político mais coeso de oposição ao Governo Paulo Câmara, o denominamos por aqui de Conspiração Macambirense, numa referência à famosa Fazenda Macambira, pertencente à família Lyra, de Caruaru. Nas últimas eleições municipais, o grupo infligiu a primeira grande derrota ao Governo Paulo Câmara, elegendo Raquel Lyra(PSDB) para prefeita da Princesa do Agreste. O poder não acomoda a todos os interesses políticos em jogo. Quando vejo o grupo reunido, sempre nos vem a pergunta sobre como será dividido esse butim, ou seja, quem irá liderar a chapa como candidato ao Governo do Estado, quem assumirá as duas vagas que concorrem ao Senado Federal. Esses acordos nem sempre são fechados com a construção de um "consenso" entre os atores envolvidos. 

A chapa governista também não está muito bem arrumada, conforme discutimos em momentos anteriores, sobretudo pela dificuldade em arrumar espaço para as raposas do grupo "político". O PSDB local cerra fileira na oposição ao Governo Paulo Câmara(PSB), mas esta situação poderá mudar radicalmente em razão dos arranjos políticos no plano nacional. Caso algum tipo de acordo não seja fechado no plano nacional entre o PSB e o PSDB, os tucanos da província se movimentam com invejável desenvoltura, como é o caso do Ministro das Cidades, Bruno Araújo, que estoca o Governo do Estado na mesma proporção que o senador Armando Monteiro, do PTB. Na realidade, existe no grupo três potenciais aspirantes a ocupar o Palácio do Campo das Princesas. Além de Bruno Araújo e Armando Monteiro, o ex-governador João Lyra, que sentiu o gostinho de sentar naquela cadeira e parece contaminado pelo mosca azul. Vamos aguardar, mas é um fato concreto que as movimentações políticas de olho em 2018, em Pernambuco, já colocou o seu bloco na rua. 

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