Políticas de segurança pública não costumam dar resultados imediatos. Estados como Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro passaram anos para reduzirem os seus índices de violência, através de um enfrentamento estatal sistemático do problema. Em alguns casos, como se sabe, esses índices voltaram a assustar a população desses Estados, como é o caso de Pernambuco. O Palácio do Campo das Princesas, durante os festejos de Momo, divulgou fotos de reuniões de monitoramento da segurança pública, acompanhadas pelo governador Paulo Câmara(PSB), quem sabe já cumprindo aquela promessa de que acompanharia as reuniões do PPV pessoalmente. Creio que não passava pela cabeça de ninguém que esses indicadores de violência pudessem ser revertidos em tão pouco tempo, sobretudo num período como o de carnaval, um período naturalmente mais vulnerável, em razão das circunstâncias. E, se tomarmos como seguros os dados extra-oficiais da violência na Folia de Momo, foi exatamente isso que ocorreu. Se, em janeiro, foram registrados 478 mortes tipificadas como crimes violentos letais intencionais (CVLI), neste mês de fevereiro, este número até aumentou: 480.
Não se pode dizer que o Estado de Pernambuco não acordou daquele "sono profundo" que produziu o monstro da insegurança. Resultados concretos, porém, não são alcançados de uma maneira assim tão imediata, conforme já afirmamos. Há, entretanto, a necessidade de não se esconder a radiografia com o diagnóstico da doença e, mais importante, adotar os remédios adequados e ministrar a medicação com absoluta disciplina. Somente assim os resultados poderão aparecer. Há vários diagnósticos das possíveis causas do agravamento da violência no Estado de Pernambuco. Outro dia, um delegado de polícia observou o dado da crescente "politização" das ações de grupos organizados como o PCC e o Comando Vermelho, que fortalecem seus tentáculos políticos ,inclusive no parlamento, arrecadando dinheiro através de ações espetaculares como o último assalto ocorrido na sede da empresa de transportes Brink's, na Zona Oeste do Recife. Por razões conhecidas, esses grupos passaram a atuar em Estados como Pernambuco.Ora, se os evangélicos não escondem de ninguém o seu projeto de poder político, porque o crime organizado também não poderiam almejá-lo?
Até a ex-presidente Dilma Rousseff já foi responsabilizada pelo problema da violência no Estado de Pernambuco. Não creio que o "sotaque" de ex-petista do atual líder do Governo na Assembléia Legislativa do Estado, o Deputado Estadual(PSB) Isaltino Nascimento o permitisse tal disparate, mas o ex-líder o cometeu, quando respondia às críticas da oposição. Aliás, a oposição ao Governo Paulo Câmara(PSB) é bem explícita ao abordar essa questão: trata-se de um problema de má-gestão. Um outro dado apontado são os graves problemas econômicos enfrentados pelo país no momento, com reflexos diretos sobre o emprego, o que poderia agravar os problemas de violência. É um dado a ser considerado, mas convém nunca esquecer que, em outras épocas, aquela do apogeu da economia nordestina - com PIB maior que o do Brasil - também se afirmava que a violência havia aumentado na região justamente porque o Nordeste havia se tornado um excelente "mercado", inclusive para as práticas ilícitas. Desejo discutir aqui com vocês aquilo que consideramos o "ponto nevrálgico" da segurança pública em Pernambuco. Em nossa modesta opinião, justamente onde perdemos o "controle" da situação.
(Conteúdo exclusivo, liberado apenas para os assinantes do blog)
P.S.: Contexto Político: O crédito da foto acima é da Secretaria de Imprensa do Estado, hoje dirigida pelo jornalista Ennio Benning. Não sei se vocês também tiveram essa impressão, mas há uma semelhança entre aquele cidadão que aparece do lado direito do governador, com uma taça de água na mão, e o sociólogo José Luiz Ratton. Não temos essa confirmação. Ennio é um espécie de "homem de comunicação" do Deputado Jarbas Vasconcelos, o que significa dizer que o peemedebista continua ampliando sua influência no Governo Paulo Câmara.
Revendo, hoje, a mesmo foto sob outro ângulo, fica descartada a possibilidade de a mesma ser uma foto do sociólogo José Luiz Ratton.
P.S.: Contexto Político: O crédito da foto acima é da Secretaria de Imprensa do Estado, hoje dirigida pelo jornalista Ennio Benning. Não sei se vocês também tiveram essa impressão, mas há uma semelhança entre aquele cidadão que aparece do lado direito do governador, com uma taça de água na mão, e o sociólogo José Luiz Ratton. Não temos essa confirmação. Ennio é um espécie de "homem de comunicação" do Deputado Jarbas Vasconcelos, o que significa dizer que o peemedebista continua ampliando sua influência no Governo Paulo Câmara.
Revendo, hoje, a mesmo foto sob outro ângulo, fica descartada a possibilidade de a mesma ser uma foto do sociólogo José Luiz Ratton.
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