pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Uma síntese sobre a Reforma do Ensino Médio
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domingo, 5 de março de 2017

Uma síntese sobre a Reforma do Ensino Médio


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Estamos publicando por aqui uma série de artigos sobre a Reforma do Ensino Médio ora em curso no país. Não poderia ser diferente, uma vez que a educação é um dos temas mais recorrentes dos nossos debates aqui pelo blog. Um artigo escrito pelo cientista político e professor titular da Universidade Federal de Pernambuco, Michel Zaidan, é uma verdadeira pancada na moleira sobre o tema, como diria nossos avós. O artigo expõe as verdades ocultas por trás das "aparências", explicitando as reais motivações dessas mudanças introduzidas pelo Ministério da Educação. Quando aqui publicado, o artigo alcançou uma grande repercussão na blogosfera e nas redes sociais.  

Embora inicie com um debate sobre o "Fim da História", uma falácia proposta pelo cientista político e servidor do Departamento de Estado Norte-Americano Francis Fukuyama, o artigo aponta para o objetivo principal da Reforma do Ensino Médio no Brasil proposta pelo Ministério da Educação, envolvendo uma bem urdida tecitura entre agentes públicos e privados, que objetiva, em última análise, retirar o Estado de suas obrigações mais essenciais, objetivando a acumulação de capital pelo setor privado que "explora" esse "mercado", com o adicional de contemporizar o setores evangélicos e conservadores com seus dogmas que depõem contra a laicidade do ensino e a discussão sobre a diversidade de gênero. Como disse, tudo muito bem urdido, tudo muito bem orquestrado. Com a reforma, de acordo com pesquisadores como Gaudêncio Frigotto, o Governo Temer consubstancia o apartheid do ensino no Brasil, confirmando a tese da corrente de pensadores franceses da Teoria Crítico-Reprodutivista da Educação, de expoentes como o sociólogo Pierre Bourdieu. 

É uma reforma mais radical do que a implantada pela Ditadura Militar, onde o ensino médio era simétrico - pelo menos nas normas - para alunos da rede pública e privada, a princípio, não distinguindo pobres ou ricos. A proposta atual, no entanto, não esconde esse propósito. Temos lido muito sobre o assunto. Creio que uma boa síntese tenha sido escrita pela pesquisadora Camilla Croso, coordenadora geral da Campanha latino-Americana pelo Direito à Educação, em artigo publicado no jornal Le Monde Diplomatique, que reproduzo aqui para os leitores: No entanto, a problemática da privatização e da desvalorização do setor público que a ela se articula aflige não apenas a América Latina, mas se insere num contexto global mais amplo. É possível observar uma crescente presença de lógicas mercantis e edu-negócios no campo educativo privado e público, fomentando indústrias e negócios que visam fundamentalmente à extração de lucro e ao alinhamento da educação a lógicas economicistas e reducionistas, a serviço do mercado de trabalho.  Acrescentaríamos à fala de Camilla apenas uma observação: um mercado de trabalho inexistente, precário e desregulamentado, como observa Zaidan em seu artigo. Por falar neste artigo, ele foi encaminhado por um amigo em comum para o pessoal da Anistia Internacional. Abaixo, uma amostragem de nossos acessos no dia de hoje. Muito grato aos nossos leitores. 

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