Pelo andar da carruagem política, os urubus estão em revoada.
Logo após a apuração das urnas, Agripino Maia, presidente do DEM, e Arthur
Virgílio, prefeito eleito de Manaus pelo PSDB, direcionaram suas artilharias
mirando 2014. Esse alinhamento conservador em torno de Eduardo Campos é uma das possibilidades
de viabilizar seu projeto presidencial. Uma das hipóteses seria uma composição
com o PSDB, PMDB e DEM, algo em processo de gestação já faz algum tempo. Há
quem diga que ele não ficaria a reboque dessas forças, mas isso é apenas
retórica. Picado pela mosca azul, o sujeito é capaz de transar com Deus e com o
diabo, como diria o compositor Zé Ramalho. Em política, dois corpos não ocupam
o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo. A hipótese de um afastamento da base
aliada de Dilma não seria tão desejável, mas a conjuntura
política pode determinar. O dois urubus citados acenam com o apoio ao nome de
Eduardo Campos, quem sabe já para 2014. Arthur Virgílio, inclusive, causou um
mal-estar no partido ao sugerir que tanto Aécio quanto Eduardo poderiam ser o cabeça de chapa numa composição com os
tucanos. Vejam como as nuvens se movimentam em política. Antes de tirar o nome
de Dilma Rousseff do colete, segundo se comenta, essa seria a chapa dos sonhos
de Luiz Inácio Lula da Silva. Tentou-se, até mesmo, tirar Aécio Neves do ninho
tucano, tentativa não muito bem-sucedida. Se Dr. Arraes estivesse vivo, Eduardo, certamente te aconselharia: Deus te livre desses urubus voando de costas, Dudu.
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