Não faz muito tempo, publicamos aqui no Blog do Jolugue um longo artigo sobre a chamada “Nova Política”, um
movimento esboçado no Brasil por uma ala do PV que gravitava em torno da então
candidata presidencial Marina Silva, a partir das idéias do sociólogo espanhol
Manuel Castells. Ao se indispor com segmentos dos verdes, não somente Marina,
mas integrantes daquela agremiação, dispostos a encontrarem instituições que se afinassem com suas aspirações, começaram a apregoar essas idéias que, na
realidade, do ponto de vista teórico, são bastante atuais, conforme enfatizamos
no artigo. Nem do ponto de vista de afinidades com essas idéias e muito menos
ainda pelas companhias que ostenta em seu palanque, o senhor Daniel Coelho não
tem qualquer autoridade para propor algo nesse sentido. Muito embora a
expressão “raposa política” permita o direito de resposta, posto que
considerada uma ofensa, devo afirmar que o seu palanque está repleto dessas
"raposas", como afirmou um dos seus adversários em debate recente. A “Nova
Política” está ancorada exatamente na falência do modelo de democracia
representativa burguesa, onde os eleitos, ao invés de representarem as demandas
dos seus representados, acabam se locupletando de suas funções em benefício
muito particular. Das duas uma: ou ele não conhece o significado do termo ou
achou interessante jogá-lo para a platéia. Até recentemente, na Bahia, apenas
para ilustrar essa promiscuidade representativa, um empresário ofereceu uma
quantia fabulosa a uma candidatura em troca de futuras concessões para
construções de edifícios numa área supervalorizadas de Salvador, conforme uma
publicação semanal. Como o candidato teria recusado, ele procurou o
concorrente, que aceitou a proposta.Coincidência ou não, este candidato está virando o jogo naquela cidade.
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