Num curto espaço de tempo, o governador do Rio de Janeiro
cometeu dois deslizes políticos, um
escore surpreendente para uma raposa política com a experiência de Sérgio
Cabral. Ao término das eleições de 2010, Sérgio despontou, ao lado de Eduardo
Campos, como uma das grandes promessas da política nacional. Era então apontado
como um dos possíveis rivais do governador pernambucano na corrida ao Palácio
do Planalto nas eleições de 2014 ou 2018. Logo em seguida vieram os escândalos
e ele precisou soterrar seus projetos. Depois dos “jatinhos” cedidos por
empresários, o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, seu
desafeto, através de doses homeopáticas, soltou para a imprensa diversos vídeos
de Sérgio Cabral em viagens ao exterior, acompanhado de executivos da Delta,
atolada até o pescoço em escândalos. Seu prestígio foi à lona. Com o feeling
político também comprometido, vive cometendo erros, como esses últimos, onde
causou um mal-estar na alta cúpula do PMDB ao propor a substituição de Michel
Temer da primazia de continuar, na condição de vice, numa chapa à reeleição da
presidente Dilma Rousseff. Depois, através de seu apadrinhado, Eduardo Paes,
andou emitindo sinais de que gostaria de ocupar o Ministério das Minas e
Energias, numa possível reforma ministerial que se aproxima. Seu projeto seria
o de alavancar o nome de Luiz Fernando de Souza, o Pezão, como candidato ao
Governo do Rio de Janeiro, em 2014. Sérgio esquece um pequeno detalhe: o PT não
tem nenhum interesse nesse projeto. Por outro lado, Minas e Energias é um
latifúndio que a família Sarney mantém na República.
Nenhum comentário:
Postar um comentário