No dia de ontem, o jornalista Josias de Souza, do portal UOL,
trouxe uma matéria sobre as movimentações de Eduardo Campos, sugerindo, quem
sabe, uma preparação do terreno para uma eventual candidatura presidencial ainda em 2014. Há
alguns setores do próprio PSB, leia-se os irmãos Ferreira Gomes, que consideram
precipitado o projeto do lançamento de uma candidatura do partido em
2014. Ciro Gomes, que foi preterido nas últimas eleições presidenciais de 2010,
argumenta que o partido não reúne capilaridade suficiente para alçar vôo agora.
Apesar do número expressivo de prefeitos eleitos – o PSB foi o partido que mais
cresceu nas eleições de 2012 – o partido ainda mantém uma grande concentração
de prefeitos em regiões específicas, ou seja, o crescimento se deu em áreas
onde o partido já era forte, no raciocínio de Ciro. Há de se perguntar se quando Ciro lançou-se como
opção em 2010 esta avaliação estava nos seus planos. Em função das costuras políticas
com forças como o PMDB, o PSDB, PSD e PDT, evidentemente, trata-se de um problema que
poderia ser contornado. Sinto que procedem as informações de que Ciro estaria
sendo estimulado por setores do Planalto a assumir tal comportamento, representando uma oposição interna aos planos de Eduardo. Em todo caso, para usar uma
expressão do Campo das Princesas, está em curso um amplo processo de prospecção
política, pavimentando os caminhos do “Moleque” dos jardins da Fundação Joaquim
Nabuco. No atual cenário, conforme já afirmamos em outra ocasião, Eduardo está
no “ponto” para 2014 ou 2018. A decisão depende, entretanto, de avaliações corretas de alguns cenários
políticos, evitando que a raposa erre o bote.
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