O muro das lamentações,hoje, no Recife, será destinado ao
Partido dos Trabalhadores. Como diria o filósofo, a vitória tem um pai, a
derrota uma penca de padrastos. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos –
com todos os méritos – vem sendo apresentado como o grande fiador da vitória de
Geraldo Júlio, um dos seus ex-secretários, projetando-se como uma das lideranças mais bem-sucedidas no atual momento da política brasileira, ancorado no partido que mais cresceu na última eleição do dia 12. Os padrastos da derrota do PT no Recife são muitos, algo que merece um aprofundamento maior, através de um
artigo mais denso, que já estamos preparando. Em artigo polêmico, antecipamos
essa derrota muito antes das eleições de ontem, dia 07, em mais um acerto do Blog do Jolugue. Analisando o quadro
político recifense, desde o início, numa série de artigos – que serão
transformados num livro – finalizamos um deles apontado a crônica de uma
derrota anunciada do PT na capital pernambucana. O resumo da ópera é que o PT perdeu
completamente o rumo nessas eleições. Um pouco de tudo: arrogância,
autoritarismo, equívocos de avaliação, ausência de um discurso sintonizado com os acertos da gestão do atual prefeito, a escolha do
candidato, a articulação política e os desencontros da própria campanha, como
apontamos no artigo mencionado anteriormente. João Paulo, como se não fossem suficientes todos os deslizes, ainda cometeu a indelicadeza de afirmar que o PT governou o Recife apenas 08 anos, como se fosse possível apagar o nome de João da Costa da história do Partido. O mais surpreendente é que o
PT perdeu representatividade até mesmo entre aqueles eleitores mais
renhidos, torcedores fanáticos, fiéis depositários da confiança na agremiação,
o que levanta a suspeita do trabalho eficiente de bastidores desenvolvido pelo prefeito João da Costa
que, manteve um silêncio obsequioso, mas, certamente, comeu o prato frio da
vingança. Em certa medida, o seu peso nessas eleições ainda não foi
suficientemente avaliado, mas, certamente, teve um peso nesse definhamento orgânico do
PT no Recife. Não é à toa que ele hoje é apontado como Judas, como se fosse
possível identificá-los na agremiação. As movimentações de Lula e o seu
possível desentendimento com Eduardo Campos - apimentados por petistas briguentos - sempre tiveram como mote as
eleições de 2014. Depois que eles acertaram os ponteiros quanto a essa questão,
pragmaticamente, o cacique petista baixou a guarda e percebeu ser
desnecessário colocar a mão na cumbuca recifense. O cálculo é simples: apenas
poderia contribuir para prejudicar sua relação com Eduardo Campos, algo que não
era do seu interesse. Lula é aquele cara que já na década de 80 afirmava para
um jornal do ABC paulista – em meio às polêmicas partidárias do voto ideologicamente orientado
: “Não importa a cor do voto, desde que ele caia na urna, companheiros”. Em
Pernambuco, o ator político que pode efetivamente contribuir com os planos de
manter o PT como inquilino do Palácio do Planalto, curiosamente, é o desafeto dos petistas locais, Eduardo Campos... pelo menos até 2014,
caso o “Moleque” dos jardins da Fundação Joaquim Nabuco não resolva alçar vôo
agora.
Triste esta realidade que esta sendo revelada dentro do PT,mas já tem muito tempo que eu venho alertando para fatos estranhos acontecendo, e muitas vezes avisei que algo muito grave estava ocorrendo dentro do PT ,porque eu questionava algumas coisas e eu era intimidada em meu Facebook,eu avisava situações de traidores que nunca divulgaram pra ninguém, mas ao contrario pediam para mim esquecer, e que não seria nada de mais,e para tristeza minha o Lula admitiu que sobre alguns golpes que poderia ter sido evitado se tivessem tido mais empenho com os seus apoiadores, e criticou o desempenho vagaroso e que resultou nas poucas divulgações de coisas que poderiam ter sido evitadas, e dentro do PT esta cheio te tucanos disfarçados de petistas, e agora a metade já se revelou
ResponderExcluirBoa noite, Mabel. Muito agradecido pela leitura e pelos comentários. Em razão dos inúmeros equívocos cometidos, era inevitável que o PT sofresse uma refrega no Recife, a sua principal vitrine regional. Poderá, um dia, ressurgir das cinzas, mas será necessário fazer uma grande auto-crítica. Aconteceram coisas inusitadas. João Paulo, o padrinho político de João da Costa, segundo a imprensa, chegou a declarar que o PT governou a cidade apenas por 08 anos. Que confusão é essa, João?
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