Pelo andar da carruagem política, a síndrome Regina Duarte
parece não ter surtido muito efeito nas eleições em São Paulo. Até mesmo
setores expressivos do segmento evangélico já estariam fechados com a
candidatura do ex-ministro da Educação de Lula, Fernando Haddad. Em casa onde
falta comida, como diriam nossos avós, todos brigam e ninguém tem razão. É mais
ou menos essa a situação da coordenação de campanha do tucano José Serra.
Desesperados com os números desfavoráveis, na reta final, tentam de tudo para
uma reversão do quadro, hoje francamente favorável a Haddad. Serra vem
cambaliante desde o início da campanha, ostentando uma taxa de rejeição
altíssima. Comete um erro atrás do outro e o eleitor não costuma perdoar tantos
equívocos. Permitiu a identificação de sua candidatura como uma “continuidade”
de uma gestão muito mal avaliada, a de Kassab, investiu contra o “Kit Gay” num
momento “cor de rosa”, brigou com repórteres ... É puro desespero. Diante
dessas circunstâncias, como já afirmamos com muito antecedência – o editor não
costuma esperar pelo resultado das eleições para publicar seus artigos – Haddad
deverá ser o próximo prefeito de São Paulo. Acreditam alguns que os projetos de
Lula para o ex-ministro são bastante ousados. Pensa-se até mesmo no Palácio do
Planalto. É preciso combinar, no entanto, com os donos do PT paulista: Marta
Suplicy e Aloizio Mercadante. Como observa um analista da Fundação Getúlio Vargas, esses foram os benefícios do Mensalão para o PT: obrigou-o a renovar os seus quadros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário