Eduardo Campos e Lula medem forças, mais uma vez, na cidade
de Campinas, onde a eleição foi para o segundo turno. Trata-se de uma cidade
estratégica para ambos os partidos, ou seja, o PSB e o PT. Aliás, uma cidade estratégica para qualquer agremiação política. A aposta de Lula é o
ex-presidente do IPEA, o economista Márcio Pochmann, que realizou um excelente trabalho à frente daquele órgão. O candidato do PSB é Jonas
Donizette. Em visita recente àquela cidade, o governador de Pernambuco deixou a
diplomacia de lado e partiu para as duras críticas ao PT, recordando os
problemas de malversação de recursos públicos envolvendo a gestão petista da
cidade, no seu entendimento, descredenciando-os a continuarem mandando nos
destinos da cidade. Eduardo tem mantido uma cautela bastante interessante com o
casal presidencial Lula e Dilma, mas, em alguns momentos, exala independência
por todos os poros, radicalizando o seu discurso, dando a entender que concorda
com o senador Jarbas Vasconcelos quando ele afirma que o governador deverá trilhar um caminho próprio,
afastando-se do PT, se pretende chegar ao Palácio do Planalto. Nessas últimas
eleições, sobretudo agora no segundo turno, Eduardo fechou vários acordos com o
PSDB. Em alguns casos, como Manaus, por exemplo, o PSB emprestará apoio ao
ex-senador Arthur Virgílio, um inimigo figadal de Lula. Virgílio está na lista
dos urubus voando de costa, a trupe que causou grandes aborrecimentos a Lula
durante a crise do Mensalão. Estreitam-se, igualmente, os laços entre o PSB e
setores do PMDB em algumas praças da federação, aumentando os rumores do
lançamento do nome de Eduardo Campos ainda para 2014.
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