Um repórter certa vez nos perguntou quais seriam as
conseqüências dessa oposição interna que Eduardo Campos enfrenta no PSB para os
seus projetos presidenciais. O Ceará é um colégio eleitoral importante e os
irmãos Ferreira Gomes fazem um barulho danado, mas nada que possa impedir que
Eduardo reavalie seus planos em função dessa oposição. Um semeador de intrigas
já nos confidenciou que o Planalto tem interesse em alimentar essas
animosidades entre Eduardo Campos e a família Ferreira Gomes, o que não seria
improvável. Já faz algum tempo que eles não se entendem. Nas eleições de 2010,
Eduardo Campos demoveu Ciro do projeto de candidatar-se à presidência da
República pelo PSB, atendendo a um pedido de Lula. Isso não foi muito bem
digerido por Ciro. Manobras do Planalto também foram bem-sucedidas no sentido
de afastarem os Ferreira Gomes do ex-senador Tasso Jereissati, um velho aliado
do clã. Depois, eleita Dilma, também não houve um entendimento harmonioso sobre
a parte que te toca desse latifúndio, ou seja, a divisão do bolo do PSB no
Governo. Apesar da disputa acirrada entre Elmano Freitas e Roberto Cláudio,
nessas últimas eleições municipais, o governador de Pernambuco não foi
convidado para emprestar o seu apoio à candidatura do partido, que se sagrou
vitoriosa nas urnas. Embora não seja nada interessante para o partido perder o
concurso desses dois políticos, isso, definitivamente, não se traduz num
empecilho ao projeto presidencial de Eduardo Campos.
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