pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Eduardo e Dilma: Uma relação entre tapas e beijos.
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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Eduardo e Dilma: Uma relação entre tapas e beijos.


 
No dia ontem publicamos uma postagem sobre a nossa avaliação dessa relação entre “tapas e beijos” estabelecida entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a presidente Dilma Rousseff. Como já afirmamos reiteradas vezes, o que mais incomoda o casal presidencial são as movimentações do governador, um potencial candidato presidencial, peça hoje fundamental no xadrez sucessório, uma alternativa de poder real para as eleições de 2014 e 2018. Para dimensionar alguns aspectos dessa disputa, tomamos como referência o quadro eleitoral do segundo turno na cidade de Uberaba, Triângulo Mineiro, onde Lula e Dilma emprestaram seu apoio ao candidato do PMDB, enquanto Aécio e Eduardo fecharam um acordo de apoio ao candidato do PSB. Partido originalmente de grotões, para continuar alimentando seus planos presidenciais, o PSB precisa urbanizar-se, fincando algumas estacas em regiões como Sul, Sudeste. Há uma outra disputa acirradíssima, em Campinas, onde o próprio Eduardo Campo já teria estabelecido como prioridade das prioridades para o partido. O clima está bastante tenso na cidade e a disputa reveste-se de grandes simbologias. É importante para os projetos presidenciais de Eduardo Campos, fundamental para um provável projeto de reeleição do governador Geraldo Alckmin e, não menos importantes para oxigenar o PT, renovando os seus quadros e perspectivas de continuar no poder pelos próximos anos. Assim como ocorreu em São Paulo, em alguns aspectos, Lula foi muito feliz na escolha de candidatos com o objetivo de renovação dos quadros do partido. Jovens, de mãos limpas, com fama de bons gestores, com sólida formação acadêmica. Este é o caso de Fernando Haddad – já se especula sobre a possibilidade dele ser um quadro que o PT prepara até mesmo para o Planalto – e Márcio Pochmann, ex-diretor do IPEA, professor universitário, com uma identificação muito forte com o petismo. Nessa reta final, movido pelas circunstâncias, Lula vem voltando a utilizar as velhas parábolas que costumava utilizar, adequando o discurso ao momento e à oportunidade. Fala em não trocar o certo pelo duvidoso – quando o adversário do PT é inexperiente – e, até mesmo, esboça um certo preconceito, como ocorreu em Campinas, onde afirmou que não acreditava muito na capacidade gerencial de um radialista que destribuia cadeiras de rodas, numa referência a Jonas Donizette, o candidato do PSB. Esse é o Lula.Logo ele que foi vítima de grandes preconceitos em sua vida. Quanto à relação entre Eduardo e Dilma, acreditamos que o “Moleque” dos jardins da Fundação Joaquim Nabuco já joga com uma ruptura inevitável para os próximos capítulos. Não fossem suficientes todas essas zonas de atrito, ainda aconselhou o deputado Júlio Delgado a lançar seu nome para a Presidência da Câmara, onde Dilma apoia o nome de Henrique Alves, do PMDB.

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