pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Vais e não peques mais, PT.
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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Vais e não peques mais, PT.




Sempre há um momento de auto-crítica na vida de todo indivíduo. Depois dos 50 anos, praticamente todos os dias passei a observar quantos erros de avaliação cometi ao longo da vida. Agora não há muita coisa a ser "refeita". É torcer pela confirmação das teses espíritas, o que nos permitiriam voltar já escudado pela experiência, menos propensos a esses desatinos. Já levo comigo um livro de protocolo, sugerindo a Chico Xavier a recomendação para uma volta imediata, mesmo que ele nos convide para as aulas espetáculos do dramaturgo Ariano Suassuna que, segundo dizem, ocorrem com frequências naqueles planos. A rigor, internamente, penso que os petistas realizam uma auto-crítica sempre que se reúnem. 

É um partido que sempre foi afeito às críticas e auto-crítica.Está no DNA daquela agremiação política o debate, as discussões, as assembleias, as decisões tomadas coletivamente. Com o tempo, o PT, para não fugir à Lei de Ferro da Oligarquização, passou a negligenciar algumas dessas características e afastar-se de suas bases, assumindo alguns contornos oligárquicos, pragmáticos e burocráticos, em certa medida, tornando-se "mais do mesmo".

Admitir seus equívocos perante a opinião pública, porém, nessa conjuntura beligerante, não se traduz numa tarefa das mais agradáveis. Até porque, o outro também é cheio de erros, tem o rabo preso com isso e com aquilo, é mais corrupto e coisas assim. O que são 37 caixas de bebidas enviadas para um sítio em Atibaia, diante dos 200 milhões desviados da receita da merenda escolar do Estado de São Paulo, na gestão do tucano Geraldo Alckmin. As 37 caixas de bebidas, de fato, parece apenas confirmar o "jornalismo" daquela conhecida revista semanal. Mas, por outro lado, como afirmamos anteriormente, se esse pool de construtoras bancou a reforma num sítio supostamente de Lula, tão somente para fazer um afago ao ex-presidente, se ele aceitou, cometeu um grave equívoco. 

Não convém a um homem público receber benesses ou favores de construtoras, sobretudo quando essas construtoras estão enredadas até a medula nas denúncias de corrupção de uma estatal como a Petrobras. Na hipótese de o sítio não ser de propriedade de Lula, mesmo assim, as tais benfeitorias custeadas por empreiteiras pegaram muito mal. Aqui pelo Facebook, costumo acompanhar, com frequência, as postagens do jornalista Cid Benjamim, que exerce uma espécie de oposição de esquerda ao PT. Não concordo, naturalmente, com tudo o que ele afirma, mas, a rigor, quando diz que o PT precisa dar um boa explicação à sociedade brasileira, aí não posso deixar de concordar com ele. 

Cid se baseia - talvez nem precisasse - em três declarações de figuras proeminentes daquela agremiação partidária: o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Jacques Wagner e o atual presidente do partido, Rui Falcão. No auge do escândalo do mensalão, Lula se disse traído. Nunca declinou os nomes de quem o teria traído. José Dirceu, Antonio Palocci, José Genoíno? Dirceu, por exemplo, se encontra preso, em razão de investigações sobre aquele escândalo e, como se não bastasse, também se encontra supostamente enredado nas investigações da Operação Lava Jato.Trata-se de um homem forte do Governo Lula, com chances efetivas de ser indicado por ele para sucedê-lo. Dilma, como todos sabem, foi uma espécie de acidente de percurso. Enfim, repita-se, Lula não declinou os nomes de quem o traiu.

O ex-governador da Bahia, numa outra declaração polêmica, teria declarado que o PT se lambuzou em escândalos. Uma admissibilidade de culpa? Quem se lambuzou, seu Jacques Wagner? Num outro momento, o senhor Rui Falcão admitiu que o PT cometeu muitos erros. Quais foram esses erros, Rui? Porque não lavar essas roupas sujas em praça pública? Qual será o discurso que será usado na campanha de 2016? Não estaria na hora de realizar essa exegese? Pedindo a compreensão do eleitorado para os avanços sociais conquistado nas últimas décadas e adotar o preceito bíblico do "Vais e não peques mais".    

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