"Hoje, no “brasil”, aparentemente perdemos, no Estado e na sociedade, as referências a esse pacto civilizatório mínimo que constituiu a nação. Perdemos o reconhecimento da alteridade como parte de uma humanidade comum. Informados pela mídia e/ou pelas redes sociais, temos acompanhado microcenas de horror e barbárie que vêm compondo um enredo perverso. O assassinato do carroceiro Ricardo no bairro de Pinheiros, em São Paulo, pela Polícia Militar, agora em julho, é apenas mais um episódio no “ovo de serpente” chocado há anos no Brasil, ante nossa incapacidade, como povo, de definir o que nos é intolerável como injustiça."
(Márcia Pereira Leite, socióloga, em artigo publicado na edição de outubro do Le Monde Diplomatique)
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