pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: É preciso pensarmos em alternativas a Lula
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terça-feira, 10 de outubro de 2017

Editorial: É preciso pensarmos em alternativas a Lula

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Recentemente, o Deputado Federal Jair Bolsonaro(PSC), provável candidato às eleições presidenciais de 2018, esteve nos Estados Unidos, onde elogiou o presidente Donald Trump, exibiu-se num stand de tiros, mostrando-se francamente favorável à liberação do uso de armas aos brasileiros, caso ele seja eleito. No estilo daquelas bravatas já conhecidas dos brasileiros. Se as eleições fossem hoje, noves fora Lula, ele certamente seria eleito, desbancando todos os outros postulantes, conforme informou semanários internacionais. As chances de Lula viabilizar-se como candidato são mínimas. Até ele já admitiu que está lascado, depois de acumular tantos reveses com os rolos da operação Lava Jato. O que ele enfatiza é que estão subestimando a sua condição de carregador de andor. As pesquisas, por sua vez, também confirmam essa possibilidade, ou seja, indicam que a sua capacidade de transferência de votos também está afetada, o que diminui bastante as chances de uma alternativa do campo de esquerda sagrar-se vitoriosa nas próximas eleições presidenciais, apenas ancorada na figura do ex-presidente.
 
Como se tudo isso ainda não bastasse, há ainda o temor de um recrudescimento do golpe institucional de 2016, em razão da grave crise institucional pela qual passamos, aliada à forte receptividade dos brasileiros a soluções autoritárias, o que assanha as casernas. Não temos dúvidas de que as plataformas políticas conservadoras e de direita hoje predominam sobre o cenário político, quase que alijando a esquerda da disputa, num fenômeno que se reproduz praticamente em todos os continentes. Trata-se de uma escalada conservadora sem precedentes, conforme observou o senador Humberto Costa(PT). Mantidas essas condições, talvez cheguemos ao vaticínio preconizado pelo sociólogo português Boaventura de Souza Santos, ou seja, corremos o risco de conduzir, através das urnas, um candidato de perfil fascista à cadeira de Presidente da República, com todas as consequências daí decorrentes.

A saúde de nossa democracia - que já era frágil - encontra-se irremediavelmente comprometida, diante de um golpe institucional em curso, uma crise institucional sem precedentes e uma estufa autoritária latente, de origem histórica. É neste quadro político nebuloso que o ex-presidente Lula parece capitular-se às evidências e admitir que está lascado. Lula já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro há 09 anos e meio de prisão, pena que pode ser agravada caso seja aceito o pedido do MPF no sentido de amplia-la. Isso apenas no caso do tal tríplex do Guarujá. Lula anda tão encrencado que até as provas apresentadas se voltam contra ele, como é o caso dos supostos recibos de aluguel da cobertura vizinha que ele ocupava em São Bernardo, apontados como irregulares ou insuficientes.

É preciso nos convencermos que não é mais possível contar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje ele é candidato mesmo a amargar possíveis condenações e até mesmo uma prisão, em razão das encrencas oriundas da Operação Lava Jato. É preciso pensarmos em alternativas, formuladas dentro de novos parâmetros programáticos e com novas estratégias de luta para enfrentarmos essa onda conservadora, que destrói pessoas, direitos sociais e políticos, meio-ambiente, patrimônio público, minorias étnicas, dignidade entre outras coisas. O irônico de tudo isso é que Lula, como o maior capital político dos lascados desse país, hoje se encontra nesta mesma situação.  
 

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