Creio que nem o próprio Jarbas deve gostar da expressão: o PMDB de Jarbas Vasconcelos, embora a expressão denote, simplesmente, que o partido, em cada Estado da Federação, possui uma espécie de "dono", que controla um feudo, no velho estilo patrimonialista da sociedade brasileira. Até bem pouco tempo, esses feudos eram intocáveis, independentemente dos humores da Executiva Nacional da legenda. Em épocas passadas, por exemplo, o próprio Jarbas Vasconcelos, em entrevista às páginas amarelas da revista Veja, cortou na pela e teceu duras críticas ao desvirtuamento do grêmio partidário que ele ajudou a criar em décadas passadas, então um grande instrumento de luta política no enfrentamento do regime militar instaurado no país com o golpe civil-militar de 1964. Não recebeu nenhuma reprimenda por tais declarações à revista. E olha que as declarações foram bastante contundentes.
Em episódios recentes, mais uma vez, o PMDB pernambucano marchou contra as orientações da Executiva Nacional do partido. Jarbas declarou em alto e bom som que apoiaria os pedidos de investigação contra o ex-presidente Michel Temer(PMDB), contrariando as orientações do senador Romero Jucá, atual presidente nacional da legenda peemedebista. Num arranjo de cúpula com o senador Fernando Bezerra Coelho, dissidente do PSB, o comando da legenda resolveu intervir arbitrariamente na Executiva Regional da legenda, impondo a sua dissolução, e entregando o partido ao ex-senador socialista, que pleiteia sua candidatura ao governo do Estado nas próximas eleições estaduais de 2018. A intervenção, como se sabe, provocou forte reação dos peemedebistas pernambucanos, dispostos a barrarem a manobra, a qualquer custo. Entraram na justiça e duas liminares favoráveis aos pernambucanos já foram concedidas, apontando os equívocos - não apenas políticos - mas jurídicos da ação da Executiva Nacional.
Depois do embate jurídico, as farpas passaram a ser trocadas através de falas e artigos publicados nos jornais locais. Em pronunciamento contraditório - uma vez que se derramava em elogios ao governador Paulo Câmara até bem pouco tempo - o senador Fernando Bezerra Coelho criticou a gestão estadual, assinalando que Pernambuco teria ficado para trás. Logo em seguida, em artigo num jornal local, o Deputado Raul Henry(PMDB) saiu em defesa do governador Paulo Câmara, reportando-se à herança maldita que ele herdou e de como, de maneira equilibrada, vem sendo conduzindo serenamente a máquina pública estadual, não permitindo seu descalabro. Trata-se de uma briga de cachorros grandes, como se dizia antigamente, uma vez que o senador se movimenta com absoluta desenvoltura, como candidato, independentemente das refregas políticas e jurídicas que vem sofrendo. É esperar para ver qual é o combustível dessa desenvoltura.
Depois do embate jurídico, as farpas passaram a ser trocadas através de falas e artigos publicados nos jornais locais. Em pronunciamento contraditório - uma vez que se derramava em elogios ao governador Paulo Câmara até bem pouco tempo - o senador Fernando Bezerra Coelho criticou a gestão estadual, assinalando que Pernambuco teria ficado para trás. Logo em seguida, em artigo num jornal local, o Deputado Raul Henry(PMDB) saiu em defesa do governador Paulo Câmara, reportando-se à herança maldita que ele herdou e de como, de maneira equilibrada, vem sendo conduzindo serenamente a máquina pública estadual, não permitindo seu descalabro. Trata-se de uma briga de cachorros grandes, como se dizia antigamente, uma vez que o senador se movimenta com absoluta desenvoltura, como candidato, independentemente das refregas políticas e jurídicas que vem sofrendo. É esperar para ver qual é o combustível dessa desenvoltura.
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