Isolado na capital, PT tem chapas gigantescas na Grande SP
Enquanto o pré-candidato Fernando Haddad enfrenta dificuldades para fechar
alianças em São Paulo, petistas das principais cidades ao redor da capital já
garantiram apoio de um grande número de partidos para as eleições
municipais.
Favorito à reeleição, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, tem
19 siglas na sua chapa, incluindo o DEM, e negocia para tirar da disputa o
pré-candidato do PMDB, Tunico Vieira.
Já em Guarulhos, o prefeito Sebastião Almeida tenta fechar com 18 legendas.
"Apenas PSDB, PPS e DEM não estão conversando para fazer parte da aliança",
conta a vereadora Marisa de Sá.
A situação é a mesma para o pré-candidato de Osasco, deputado João Paulo
Cunha, que reuniu 21 siglas na sua chapa. O acordo foi costurado apesar da
possibilidade de ele não participar da eleição, pois é réu do mensalão.
Até o fim do mês, quando termina o prazo das convenções, o PT pode fazer
alianças que vão de 10 a 18 siglas em cidades como Embu das Artes, Santo André,
Diadema, Carapicuíba e Suzano.
"A gente brinca que em Embu das Artes pode ser por W.O.", diz Valdir
Fernandes, coordenador da Macro Osasco do PT. A cidade deve ter, além do
prefeito Chico Brito (PT), o tucano Haroldo Marchetti na disputa.
Uma explicação para os acordos é o fato de o PT ter o maior número de
prefeitos nas grandes cidades da região: "Quando o prefeito é de outro partido
sempre é mais difícil", diz Marisa de Sá.
O PT administra 9 das 15 maiores cidades da Grande São Paulo, o que levou a
região a ser chamada de "cinturão vermelho".
Nessas cidades, a TV aberta mostra a propaganda eleitoral da capital. Para
Valdir Fernandes, isso facilita a composição de alianças. "A popularidade da
presidenta Dilma e do ex-presidente Lula também ajuda nas negociações", diz o
petista.
O PT estadual diz que a região é essencial para tirar o PSDB do governo
paulista em 2014. A polarização é visível no número de candidaturas: nas 39
cidades da Grande SP, os tucanos terão 32 candidatos, e os petistas, 31.
Fonte: Folha de São Paulo
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