O prefeito João da Costa permanece em silêncio, mas mantém
firme o propósito de recorrer à Direção Nacional do PT sobre a decisão tomada
pela Executiva Nacional, apeando-o da disputa pela reeleição em favor da candidatura do senador Humberto Costa, no seu
entendimento, desprovida de argumentação política. De acordo com a crônica
política do Estado, o prefeito já estaria com o recurso pronto. Por enquanto,
nenhum aceno de diálogo com o senador Humberto Costa, o escolhido pela executiva
para disputar as próximas eleições no Recife. O impasse, portanto, permanece.
Os prazos dados a Humberto Costa para tentar reunir os destroços do PT no
Estado são exíguos e temerários. Em entrevista concedida recentemente a uma
rádio local, o senador aposta na liderança do governador para “aparar” as
arestas políticas no contexto do PT e da Frente Popular. Sabiamente, o “Moleque”
dos Jardins da Fundação Joaquim Nabuco, pelo menso publicamente, evitou colocar a mão nessa “cumbuca” e
acreditamos que também não será desta vez que irá fazê-lo. Com sua larga margem
de manobra, ele é o menos preocupado com essa confusão em que está metido o PT.
Seria bastante salutar ao senador Humberto Costa que ele passasse a “confiar”
mais no seu feeling político, evitando remeter o problema a um posicionamento do
governador. Tudo nos levar a acreditar na pouca possibilidade de uma
reaproximação ou mesmo uma “acomodação” do grupo liderado pelo prefeito João da
Costa. Alguns anos atrás, Humberto Costa até reuniria as condições políticas
necessárias para contornar as crises internas do PT. Hoje, não mais. Não por
acaso, o governador Eduardo Campos mantém um “time de primeira linha” entricheirado no Campo das Princesas, pronto para entrar na batalha pelo Palácio Antonio
Farias a qualquer momento. São companheiros de sua estrita confiança. O PT vive um momento político muito ruim.
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