A entrada de Luiza Erundina na chapa de Fernando Haddad, como
vice, indicada pelo PSB, foi bastante comemorada pelos grãos-petistas,
considerando que a deputada agrega contingentes de eleitores estrategicamente
importantes para eleger o ex-Ministro da Educação da era Lula. O arranjo político
que permitiu a retirada do PSB do colo do PSDB foi uma obra de engenharia
política complexa, conforme admitiu recentemente o próprio Eduardo Campos, em
entrevista ao blog do Gerson Camarotti, publicada aqui no Jolugue. De antemão,
pode-se concluir que o quadro no PSB não ficou bem resolvido, deixando alguns atores insatisfeitos com as negociações. Logo em seguida,
em razão de ampliar o tempo de exposição de Haddad no vídeo, o PT fechou um
acordo com o PP, abrindo espaço no Governo Dilma Rousseff para um apadrinhado de Paulo Maluf.
É certo, como afirma José Dirceu, que, no plano federal, PP e PT já estão
juntos faz algum tempo. O que deve ter causado nojo nos petistas mais radicais
foi observar Lula de mãos dadas com Paulo Maluf e a negociata que culminou com
uma Secretaria no Ministério das Cidades. Mas, isso, também tende a ser
superado, apesar da reação de Luiza Erundina. O que preocupa seriamente os estrategistas da candidatura
de Haddad é que ele continua, a cada momento, demonstrando ser um lulodependente
contumaz. Homem não afeito às ruas, Haddad possui um discurso demasiadamente
acadêmico e Lula, seu tradutor, desta vez, não poderá acompnhá-lo nos
palanques.
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