É muito pouco provável que a Direção Nacional do PT revogue a
decisão tomada pela Executiva Nacional,
já confirmada pelo Diretório Muncipal do Recife, no sentido de reafirmar o nome do
senador Humberto Costa como candidato do partido nas eleições de 2012. O
prefeito já entrou com recurso, mesmo antes do prazo anunciado. Tudo estaria
sob controle, não houvessem severas dúvidas sobre as decisões tomadas pela
Direção do Partido, avaliadas como ilegítimas e arbitrárias por alguns, com uma repercussão
bastante negativa nas ruas. Pessoalmente, pensamos que o próprio João da Costa não
acredita na reversão desse quadro. Recorreu, tão somente, em razão de ser
aquela instância o órgão indicado como avaliador da decisão tomada pela
executiva. Nos últimos anos, o PT perdeu muito de sua organicidade, levando a
militância a questionar as decisões
que estão sendo tomadas por uma espécie de aristocracia partidária, que defende
apenas interesses de grupos organizados na agremiação. É sintomático que o
assunto que mais vem sendo enfatizado pela imprensa quando discute as decisões
tomadas pela Executiva Nacional e agora pelo Diretório Muncipal, é a composição
desses núcleos decisórios, hegemonizados pela tendência Construindo Um Novo
Brasil. Sempre vale a pena repetir, não se espere de João nenhuma atitude de corte republicano.A fera está acuada e sem saída. Um acordo entre ele e Humerto Costa, a essa altura
do campenonato, soará muito estranho para parte da militância, com reflexos também nas ruas, onde João da Costa passou a assumir uma estatura política que nunca teve, em razão do "martírio" que vem sofrendo. Se é verdade que
João não foi convencido, a população também não o será, criando-se uma situação inusitadamente adversa para o PT, estimulando, agora, sim, muitos "movimentos" no campo situacionista, para complicar ainda mais o quadro.
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