Simbolicamente, São Paulo parece ter apenas sinalizado uma
aproximação cada vez mais evidente entre o PP o PT, nas quadras políticas locais, uma vez que o Partido Progressista já acompanha os petistas desde o Governo Lula. No Rio Grande do Sul,
Pernambuco e Amazonas, pode se reproduzir o que ocorreu na capital paulista, ou
seja, o PP confirmar a tendência do estreitamento das relações com o PT, como
se observa agora, quando o deputado federal Eduardo da Fonte comunicou que caminharia
ao lado de Humberto Costa na disputa pela Prefeitura da Cidade do Recife. Eduardo
é um ator político muito difícil de ser decifrado, sobretudo em razão de suas
tergiversantes movimentações. Suas relações com o Palácio do Campo das Princesas não são
das melhores e não foram poucas as vezes em que ele manifestou preocupação com os rumos que o PT daria à sucessão do
prefeito João da Costa, que, que, sabidamente, não aprovava o projeto de
reeleição. Penso que o acordo celebrado em São Paulo deve ter repercutido na
província - como já vem ocorrendo em outras praças - criando as condições para a formalização da aliança entre os dois
partidos. Não sabemos até que ponto se pode afirmar que o PT saiu do isolamento com essa aliança nem a proporção do que ela poderia agregar ao projeto do partido em manter sob seu controle o Palácio Antonio Farias. Assim como ocorreu em São Paulo, onde 62% rejeitaram esse acordo, Recife deve trazer um índice semelhante, sobretudo em razão de sua histórica polarização.
Nenhum comentário:
Postar um comentário