O
jornalista Carlos Chagas, em sua coluna de hoje, ressalta que estamos
precisando mesmo é de uma reforma não das instituições políticas, mas
dos próprios políticos. Por isso mesmo existe uma grande preocupação
sobre os resultados concretos de uma Reforma Política, que, certamente,
ou não será feita como precisa ser feita ou virá vulnerável às
artimanhas e "jeitinhos" da classe política tradicional
brasileira, acostumada a mamar nas tetas da Viúva. Uma constituinte
exclusiva, hoje praticamente descartada, quem sabe com a nomeação de uma
comissão de notáveis que se propusessem a, rigorosamente, proceder as
mudanças de natureza republicana que ela requer, em tese, poderia se
constituir como um antídoto às seculares mazelas de nossa classe
política. Na década de 80 surgiu um partido que se propunha a mudar os
costumes políticos no Brasil. Deu no que deu. Logo, logo foi incorporado
ao "status quo", submetido aos mesmos procedimentos que outrora
criticava, como o alinhamento de natureza fisiológica e, em certa medida
e com honrosas exceções, entrando no jogo podre da corrupção que
viceja em nossa vida pública. Quando, em reportagem recente do Jornal do
Commércio, do último domingo, abriu-se a caixa-preta dos gastos dos senadores
pernambucanos, surgiram despesas em casas noturnas, almoços e jantares
pagos com dinheiro do contribuinte... em finais de semana, algo que contraria a legislação. Pode uma
coisa dessa? E pensar que esse tal partido, segundo nos confidenciou um parlamentar, se reunia no Sindicato das Empregadas Domésticas e expulsou de suas fileiras, por abuso do poder econômico, um candidato que havia presenteado um cabo eleitoral com um burrico para os seus deslocamentos pelo interior do Estado.
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