pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Em Paulista continua o descaso com o meio-ambiente
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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Em Paulista continua o descaso com o meio-ambiente



Há poucos dias, aqui mesmo pelas redes sociais, denunciávamos a situação de descaso do poder público com a Mata do Frio, em Paulista, região metropolitana Norte do Recife. Desmatamento, ocupações desordenadas, formações de lixões e especuações imobiliárias movidas à isenção de tributos municipais, num pacto sinistro entre capatalistas gananciosos e órgãos públicos que são pagos pelos contribuintes para zelar pelos interesses republicanos. O Governo do Município até tentou maquiar a situação - anunciando algumas medidas para conter a ação de degradação do local - mas, logo em seguida, evidenciando-se que a medida era epenas para sair bem nas fotos, através dos jornais, tomamos conhecimento da transferência do Parque de Diversão Mirabilância para aquela cidade, em condições extremamente favoráveis aos interesses do capital e deplorável do ponto de vista da preservação dos mananciais de mata-atlântica que ainda restam naquela cidade, bem como em relação aos supostos "benefícios' que o parque poderá trazer para o local. A cidade abdicará de receber os tributos municipais por um período de 10 anos. O Parque de Diversão será instalado na Mata do Ronca, o que irá comprometer 40% de sua cobertura vegetal. Essa lógica perversa vem sendo observada em todo o Estado, orientada por uma postura autoritária, impositiva, expansionista-desenvolvimentista, que não deixa muito margem de manobra para os órgãos fiscalizadores, caso da AD-Diper, CPRH, e muito menos em relação aos governos municipais "neo-socialistas" ou de partidos que integram a base aliada do Governo Estadual. O Governo Municipal, como afirmou o internauta Ricardo Andrade, apenas cumpre as determinações, sem esboçar nenhuma autonomia ou resistência. O governador que ponha suas barbas de molho, uma vez que o grito das ruas, apesar de difuso, vem construindo uma "agenda" que indica, em última análise, que muito coisa precisará ser revista. Posturas autoritárias, agressão ao meio-ambiente, isenção fiscal descarada para mega-empresários - um dinheiro que faz falta às políticas públicas estruturadoras - certamente, são temas que estarão presentes nos debates daqui para frente.

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