TARSO GENRO
O "golpismo" midiático substitui, num outro contexto, o velho golpe militar: os militares não estão mais para aventuras contra a democracia. Ele cria instabilidade e quer convencer a classe média, principalmente, que as coisas não se solucionam pelos métodos democráticos. Depois, se conseguirem, ferram imediatamente os próprios setores médios, além dos trabalhadores, para promoverem a "austeridade".
Nenhum golpe melhorou a vida dos setores médios ou dos trabalhadores. Não tem saída que não seja solucionar as crises dentro da democracia. A desmoralização da política e dos partidos ajuda a corrupção: faz decair o debate político e permite que a mídia instrumentalize os controles.
A ação direta de partido contra partido, nos atos partidários, é prenúncio de fascismo. Isso gera violência entre diferentes partidos. Devemos, dirigentes partidários, recomendar contra isso, pois pode fazer desandar a democracia e gerar violência. É isso que o golpismo quer!
Incriminação de grupo político, sem definir responsabilidades e provas de autoria, é nazi-fascismo puro. Lembrem-se de Gushiken, Orlando Silva... É o que a mídia está fazendo de novo. PT deve acessar os processos e verificar provas reais, se existem, contra Vaccari e aí tomar medidas.
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