pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Ataques a Lula prenunciam a grande batalha de 2016
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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Ataques a Lula prenunciam a grande batalha de 2016


publicado em 13 de maio de 2015 às 12:43
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por Luiz Carlos Azenha

A revista Época, dos irmãos Marinho, ofereceu a cabeça do ex-presidente Lula na capa. Um factoide imediatamente demolido. Continha, segundo o Instituto Lula, sete mentiras.
Quem leu a íntegra acabou concluindo que Lula foi acusado de criar empregos no Brasil!
Por que os rápidos desmentidos do Instituto Lula, se o ex-presidente nem candidato é?
Trata-se da grande batalha eleitoral de 2016.
Esqueçamos, por um momento, de toda a fumaça que a mídia e a oposição fizeram em torno de Lula, Dilma e o PT desde 2002. Estes conquistaram três vitórias eleitorais apesar da fumaça, em 2006, 2010 e 2014.
Porém, algo distinto aconteceu em 2014. O PT viu encolher sua bancada no Congresso. Dilma venceu por margem apertada. A inépcia política permitiu que um peemedebista de oposição conquistasse a presidência da Câmara. A crise econômica solapou a base de sustentação de um projeto umbilicalmente ligado ao poder de consumo. A crise geral de representação se aprofundou depois dos protestos de julho de 2013. Mensalão + petrolão, bombardeados de forma incessante, corroeram a crença popular no PT.
Os colunistas da mídia hegemônica acreditam uns nos outros. Por isso, vivem decretando o fim de Lula e do PT. É certo que o partido se distanciou de suas bases, se burocratizou em torno dos mandatos e se jogou nos braços do marketing eleitoral. Porém, ninguém chuta cachorro morto.
Se de fato o PT e Lula tivessem morrido, não haveria a onda de acusações contra o ex-presidente. O fato é que ele é, ainda, o grande cabo eleitoral. Talvez o único capaz de disputar os votos da periferia de São Paulo em igualdade de condições com Marta Suplicy.
É disso que se trata, caros leitores. Estamos às vésperas de uma campanha definidora para o futuro do PT: a da reeleição de Fernando Haddad. Marta, que bandeou-se para o outro lado, pode dar ao tucano Geraldo Alckmin o verniz inclusivo de que ele precisa para disputar o Planalto em 2018. Enfim, um tucano tolerante, convivendo no mesmo barco com uma socialista.
Lula não está sendo atacado como candidato ao Planalto em 2018, mas por ser o principal cabo eleitoral de Haddad.
O resto é a fumaça de sempre.

(Publicado originalmente no site Viomundo)

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