pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolinho Real: Qual era mesmo o nome das duas babás, Luciano Hulk?
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terça-feira, 26 de maio de 2015

Tijolinho Real: Qual era mesmo o nome das duas babás, Luciano Hulk?






White Collor e Blue Collor nunca foram mesmo uma questão de opção ou preferência pessoal. Antes de qualquer outra coisa, representam um código, que indica a posição que o sujeito ocupa nas relações sociais de produção. Na França é muito comum as pessoas indicarem no nome o local de sua origem, um indicativo da posição ou status que ela ocupa na sociedade francesa. Teóricos como Pierre Bourdieu - de origem humilde e caipira - fizeram um esforço enorme para se afirmarem na academia francesa, principalmente a parisiense. Em toda a sua obra perpassa esse preconceito sofrido. No final, acabou dando aula no Collège de France, que reúne os top de linha de cada área de conhecimento, mas, a rigor, nunca superou o trauma. Faço essa introdução para também repercutir o caso da família dos apresentadores de televisão, Luciano Hulk e Angélica, que foram recentemente atendidos numa unidade do SUS,o serviço público de saúde. Nossa sociedade é pródiga nessas hierarquizações. O primeiro fato a ser observado é a estranheza do casal ter sido atendido num hospital público, como se isso fosse o fim do mundo. Um dos melhores hospitais de Pernambuco é o Hospital da Restauração, aqui no Recife. Para algumas situações específicas - como múltiplos traumatismo e queimaduras - simplesmente único. Alguns anos atrás um dos seus médicos fez uma cirurgia de coração que repercutiu mundialmente nos anais da medicina. O seu grande problema é mesmo de demanda. Não há como atender bem à população que o procura cotidianamente. Mesmo com a implantação de unidades de "retenções" - hospitais e UPAS - concebidas para a triagem da população do interior e da região metropolitana que se dirigiam ao HR - parece-nos que os problemas continuam. Portanto, não vejo nenhum problema pelo fato de o apresentador e família terem sido atendidos num hospital do SUS. A casa grande e a senzala ficaram evidentes não aqui, mas na sequência de informações que sucederam o episódio. A começar pela declaração de um dos médicos de plantão, informando do rebuliço que provocou no hospital a chegada da família Hulk. Até aqui tudo bem, não fosse as circunstâncias do privilegiamento no atendimento da família do apresentador, em detrimento de outros pacientes. Existem duas babás nessa história, propositadamente invisibilizadas tanto pelo apresentador quanto pela mídia, ao abordar o episódio. Seus nomes não são mencionados. Foram deliberadamente "despersonalizadas", numa sociedade de profundas desigualdades sociais, historicamente forjada no "você sabe com quem está falando"? 

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