Pelas contingências impostas, me sinto na obrigação de acompanhar os programas partidários, transmitidos em horário nobre, pelas redes de rádio e TV. Algumas expectativas já são aprioristicamente formadas, como se nós já soubéssemos o que viria por aí, sobretudo quando se trata do programa de uma agremiação partidária que faz oposição ao atual governo. No dia de ontem não foi diferente. Evidente que os tucanos iriam explorar ao máximo os problemas de corrupção no país, de preferência atribuindo ao PT as causas e consequências de todas essas mazelas, colocando mais fermento nesse bolo, como aliás, tem sido a prática de alguns setores da sociedade brasileira, notadamente oriundos da classe média tradicional. Essa classe média, segundo os estudos do sociólogo Daniel Pereira Andrade, da FGV, está transferindo a agressividade que vive cotidianamente no trabalho - como resultante dos modernos métodos de gestão - contra o governo e os trabalhadores pobres emergentes.
Os tucanos estão adotando uma estratégia bastante conhecida, que consiste em replicar no outro os defeitos que você tem. Quando, depois de uma batalha jurídica, o saudoso Leonel Brizola conseguiu um direito de resposta emblemático nas organizações Globo, ele afirmou um pouco isso, ao dizer que os Marinhos costumavam enxergar nos outros ops defeitos que eles tinham. Os problemas de corrupção na estatal Petrobras são históricos, envolvendo diversos governos, inclusive os governos tucanos, a julgar pelos depoimentos prestados,até o momento, pelos envolvidos, beneficiados pela delação premiada. Os tucanos fazem isso de caso muito bem pensado. Disseminou-se a tese de que todos os males da Petrobras podem ser creditados aos governos da coalizão petista. Uma manobra ardilosa, que esconde interesses obscuros, para muito além da reconquista do Palácio do Planalto. Esse desgaste da imagem do PT seria inevitável e há até quem anteveja uma derrota do Partido em 2018, como o cientista político Octávio Amorim, tendo como um dos fatores mais relevantes o desgaste de imagem provocados por esse discurso.
Os tucanos adotam aqui uma lógica bastante pragmática, de corte maquiavélica, explorando um discurso, em certa medida por eles mesmos construído, contra o Partido dos Trabalhadores. Um programa partidário, entretanto, seria muito mais do que apontar o dedo acusador contra os adversários, escondendo, debaixo do tapete, as mazelas cometidas por eles durante o período em que foram governo, inclusive no quesito corrupção, onde possuem pós-doutoramento. Este seria o momento de o partido comunicar-se com o eleitorado, apresentar suas propostas para o país, cumprir o seu papel dentro de um sistema político representativo, apresentando-se como uma alternativa para o exercício do poder. Não foi bem isso o que observamos. Talvez porque os tucanos não sejam alternativa mesmo. Os tucanos não possuem nenhuma moral para criticar eventuais desvios de conduta de alguns petistas. Num passado recente, se lambuzaram o quando puderam em falcatruas e desvios de recursos públicos, dilapidaram o patrimônio nacional e praticamente ignoram o andar de baixo da sociedade brasileira. Por aqui, não passarão.
Os tucanos estão adotando uma estratégia bastante conhecida, que consiste em replicar no outro os defeitos que você tem. Quando, depois de uma batalha jurídica, o saudoso Leonel Brizola conseguiu um direito de resposta emblemático nas organizações Globo, ele afirmou um pouco isso, ao dizer que os Marinhos costumavam enxergar nos outros ops defeitos que eles tinham. Os problemas de corrupção na estatal Petrobras são históricos, envolvendo diversos governos, inclusive os governos tucanos, a julgar pelos depoimentos prestados,até o momento, pelos envolvidos, beneficiados pela delação premiada. Os tucanos fazem isso de caso muito bem pensado. Disseminou-se a tese de que todos os males da Petrobras podem ser creditados aos governos da coalizão petista. Uma manobra ardilosa, que esconde interesses obscuros, para muito além da reconquista do Palácio do Planalto. Esse desgaste da imagem do PT seria inevitável e há até quem anteveja uma derrota do Partido em 2018, como o cientista político Octávio Amorim, tendo como um dos fatores mais relevantes o desgaste de imagem provocados por esse discurso.
Os tucanos adotam aqui uma lógica bastante pragmática, de corte maquiavélica, explorando um discurso, em certa medida por eles mesmos construído, contra o Partido dos Trabalhadores. Um programa partidário, entretanto, seria muito mais do que apontar o dedo acusador contra os adversários, escondendo, debaixo do tapete, as mazelas cometidas por eles durante o período em que foram governo, inclusive no quesito corrupção, onde possuem pós-doutoramento. Este seria o momento de o partido comunicar-se com o eleitorado, apresentar suas propostas para o país, cumprir o seu papel dentro de um sistema político representativo, apresentando-se como uma alternativa para o exercício do poder. Não foi bem isso o que observamos. Talvez porque os tucanos não sejam alternativa mesmo. Os tucanos não possuem nenhuma moral para criticar eventuais desvios de conduta de alguns petistas. Num passado recente, se lambuzaram o quando puderam em falcatruas e desvios de recursos públicos, dilapidaram o patrimônio nacional e praticamente ignoram o andar de baixo da sociedade brasileira. Por aqui, não passarão.
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