Aparentemente, o escritor Antonio Campos parece ter seguido o conselho do eterno arcebispo de Olinda e Recife, Dom Hélder Câmara, que sempre observava que existia um tempo de emergir e um tempo de submergir. Depois de uma série de pronunciamentos acerca do último pleito em Olinda, ao que parece, procurou o retiro natural dos escritores. Pode ter contribuído também para isso o espírito de Natal, nessa época do ano, que contribui para serenar os ânimos. Mas, se ele esteve atento ao anúncio do secretariado do futuro prefeito da Marim dos Caetés, professor Lupércio, certamente deve ter concluído que algumas de suas suspeitas sobre aquele pleito estão se confirmando.
Não falo aqui, necessariamente, das graves acusações em torno da vigilância constante à qual o candidato disse ter sido vítima, por gente da Casa Civil do Campo das Princesas. Algumas de suas suspeitas podem ser confirmadas, por exemplo, na nomeação de alguns atores políticos para a composição do secretariado do futuro prefeito, o professor Lupércio, do Solidariedade. Evandro Avelar, ligado ao PSDB, foi convocado literalmente às pressas, para integrar a equipe do secretariado do prefeito, numa manobra política que envolveu, antes, uma conversa com o governador Paulo Câmara, emitindo sinais de que a indicação conta com o sinal verde palaciano, embora seja inegável o empenho pessoal do ministro das Cidades, Bruno Araújo(PSDB), em relação ao apoio ao então candidato, notadamente no segundo turno daquelas eleições. Ele, no entanto, não assume o patrocínio da nomeação de Evandro Avelar.
O mais provável mesmo é que a nomeação de Evandro Avelar tenha sido uma política de boa vizinhança do Campo das Princesas com o professor Lupércio, de olho no pleito de 2018, quando o nome Paulo Câmara(PSB) deverá disputar a reeleição. Duas secretarias importantes, como Obras e Fazenda, contaram com o aval do Campo das Princesas. Evandro Avelar chega com prestígio à Olinda, quem sabe na condição de um super-secretário, uma vez que o Campo das Princesas olha com lupa o que ocorre naquela cidade, possivelmente numa tentativa de se contrapor às perdas em colégios eleitorais importantes, como Caruaru e Jaboatão dos Guararapes, onde Anderson Ferreira(PR) mantém uma incômoda independência e sempre aparece para experimentar os canapés nas reunião da Conspiração Macambirense.
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