Sugere-se que falta muito pouco para a governadora Raquel Lyra, finalmente, ingressar no PSD de Gilberto Kassab. O momento oportuno quem dirá é a gestora. Nos últimos dias, começaram algumas especulações aqui na província pernambucana em torno das eleições majoritárias de 2026. Embora próxima do Planalto - por razões obviamente conhecidas, há uma governabilidade em curso - Raquel não aposta todas as suas fichas políticas na eventualidade de um apoio efetivo do PT para o seu projeto de reeleição em 2026. Raquel tem um eleitorado de perfil conservador, quiçá bolsonarista, a julgar pelas eleições de 2022, quando recebeu apoio desse segmento do eleitorado pernambucano.
Um outro elemento a ser considerado, como o fez recentemente Gilberto Kassab, em encontro com empresários, é que o Governo Lula3 não atravessa um bom momento. As eleições de 2022 e 2024 demonstram uma perda de aderência do PT junto ao eleitorado, o que recomenda as precauções necessárias. Qualquer movimentação política neste momento deve considerar esta variável. Tudo é possível até as eleições de 2026, mas, em princípio, hoje, Lula não seria reeleito e o PT está metido numa grande enrascada e sabe-se lá se sairá dela até aquelas eleições. Não é simples o sujeito se reinventar. Exige muitas consultas ao psicanalista.
Nas últimas eleições, João Campos(PSB-PE) chegou a ser criticado por manter o PT numa posição de não protagonista de sua aliança política. Daí fazer algum sentido de uma eventual volta do ex-governador Paulo Câmara à cena politica pernambucana, como especula um blog local. Câmara teria o apoio efetivo de Lula no estado, acomodando na chapa, como candidato ao Senado Federal, o senador Humberto Costa, um quadro que o PT tentará, a qualquer custo, preservar o mandato, principalmente em razão de conhecer as artimanhas que estão sendo urdidas pela oposição depois do controle da Câmara Alta.
Hábil politicamente, a aproximação do prefeito João Campos com o PT é uma aproximação essencialmente de conveniência. Ele se depara hoje com o mesmo dilema do pai, Eduardo Campos, quando desejava ser Presidente da República, ou seja, o antipetismo em segmentos expressivos do eleitorado. Uma candidatura ao Palácio do Campo das Princesas nas eleições de 2026 ainda depende de algumas variáveis, mas, uma vez confirmada, o mais provável é que ele construa uma chapa agregando do centro para a direita, a exemplo dos Coelho, de Petrolina.
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