Diante das circunstâncias políticas tão adversas, não se poderia esperar outra coisa. A previsibilidade natural é que as instituições da democracia puna com o rigor necessário aqueles atores envolvidos nas últimas tessituras de caráter golpista. O negacionismo que sempre caracterizou o bolsonarismo, também em relação à tentativa de golpe, tem sido uma narrativa exaustivamente repetida pelo seu líder e os apoiadores. São todos inocentes, ninguém queria golpe, trata-se de uma armação dos grupos políticos de esquerda. Se eles tivessem logrado êxito neste intento, nós já estaríamos sofrendo as consequências e legando para as próximas gerações as trevas e obscurantismo que caracterizam os regimes autoritários.
Não estamos afirmando, mas alguns colegas já nos alertaram para as menções nazistas por parte dos integrantes dessa tropa de assalto, que teria planos de assassinar autoridades da república. Se confirmado, trata-se um assunto delicado. O Governo da Alemanha, até recentemente, destituiu parte de uma tropa de elite por entender que eles estavam perigosamente próximos demais da extrema-direita naquele país. É preciso tomar um cuidado enorme com a formação dessas tropas, afeitas às doutrinações, simpatias com grupos radicais de direita e, pior, por vezes orientadas ideologicamente pelos interesses geopolíticos do Tio Sam.
Ocorreu-nos mais recentemente até fazer um levantamento sobre a participação dessas tropas de elite nas recentes sublevações da ordem constitucional no continente. Se isso ocorreu em países como a Alemanha, o que não se sugere que possa estar ocorrendo em países da América Latina ou América Central.
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