pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Operação Punhal Verde e Amarelo.
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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Editorial: Operação Punhal Verde e Amarelo.




Recentemente, a Polícia Federal desencadeou uma operação intitulada Contra Golpe, que, após operações de buscas e apreensões, culminou com a prisão de quatro militares e um agente federal supostamente envolvidos numa trama que tinha como objetivo assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice, Geraldo Alckmin, e o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A revelação desses fatos, conforme observa o atual Presidente da Suprema Corte, o Ministro Luiz Roberto Barroso, demonstra o quanto estivemos perto do inimaginável, o que pode ser traduzido como mais uma ruptura institucional no país. 

Razões de Estado já levaram tais autoridades a se reunirem com o objetivo de discutirem alternativas ao agravamento dessa crise institucional que o país atravessa, na realidade iniciada com as Jornadas de Junho, no ano de 2013, que, em princípio, teria como objetivo apenas impedir o aumento da tarifa do transporte público, mas foi sequestrada por grupos radicais de extrema direita com objetivo menos nobres, tampouco republicanos e democráticos. A permeabilidade institucional que se seguiu àquelas mobilizações de rua facultaram as condições ideais para experimentos políticos dos mais preocupantes, permitindo que as nossas instituições democráticas e republicanas fossem submetidos às UTI's, respirando com a ajuda de aparelhos, muito próximas de uma traqueostomia. 

Nessa Operação Punhal Verde e Amarelo há militares das forças especiais envolvidos, um deles atingindo a mais alta patente do Exército. Sugere-se que as tessituras possam ter envolvidos outros oficiais de alta patente. Hoje, dia 21, o ex-ajudantes de ordens da Presidência da República durante o Governo de Jair Bolsonaro será ouvido em audiência no Supremo Tribunal Federal. A Polícia Federal já solicitou que o acordo de delação premiada seja revisto, uma vez que há indícios de que o oficial tenha omitido algumas informações importantes, só obtidas através de um sistema utilizado em Israel, que consegue reaver dados deletados do aparelho celular. Dependendo deste diálogo, uma das possibilidades que se apresenta é uma nova prisão do tenente-coronel Mauro Cid.  Tempos difíceis. 

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