Estamos ao término da primeira quadra do Governo Lula3. Ainda teremos mais dois anos de governo pela frente, quando teremos novas eleições presidenciais. Hoje, o cenário não é dos mais promissores para a renovação de contrato de ocupação do Palácio do Planalto pelos atuais inquilinos, mas, como advertem os marqueteiros, é muito cedo para fazermos projeções para 2026. Hoje, o Governo Lula3 se preocupa bastante com a sua imagem, chamuscada pela dificuldade em promover um ajuste fiscal que se impõe; o dragão da inflação que ronda as gôndolas dos supermercados - a tomate, que chegou a centavos, voltou a R$ 6,00 -; refregas nas eleições municipais e, principalmente, um problema crônico de comunicação com a sociedade, que, precipitadamente, alguns concluem que mudando nomes ou aumentando os recursos serão solucionados.
Voltamos a bater nesta tecla: o PT, além de como precisa saber o que irá comunicar à sociedade, que encontra-se exaurida das narrativas anteriores. Não dá mais para assegurar o voto apenas afirmando que vai salvar o país dos monstros da extrema direita, como aquele pai que contingencia a tomada do remédio do filho sob a ameaça de que, em recusa, vai chamar o papa fígado. Pelo andar da carruagem política, possivelmente a SECOM não entra nos ajustes do arcabouço fiscal. Ao contrário, fala-se em novos contratos de publicidade institucional.
Somente nesses dois anos, segundo matéria da revista Veja, assinada pelo jornalista Breno Caniato, na coluna Maquiavel, o Governo Lula3 pagou ao conglomerado da Rede Globo algo em torno de R$ 177,2 milhões, quantia superior aos 177 milhões em todo o Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Este o que comunicar vai demandar uma profunda reflexão no partido. De repente o partido perdeu as ruas para a extrema direita, num processo muito bem urdido e articulado. Apanha feio também nas redes sociais, onde esses grupos são quase hegemônicos, nadando de braçadas à frente. Desde 2013 que esses grupos extremados minam as forças de resistências democráticas e republicanas no país. É preciso oferecer alguma coisa, para muito além das bravatas. Afinal, até os pobres hoje estão com eles. Nas periferias, com a Bíblia na mão e, em alguns casos, consorciados com facções do crime organizado. Tempos difíceis!
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