pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: O frisson diplomático produzido pela fala da primeira-dama.
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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Editorial: O frisson diplomático produzido pela fala da primeira-dama.

 


Agir guiado pelas emoções é algo bastante complicado. Mesmo quando o sujeito é instigado a tal atitude, sugere-se que respire fundo e não perca o controle da situação. Quando se trata de uma pessoa pública, aí sim é que o controle das emoções se impõe como absolutamente necessário, porque ninguém admite desvios por aqui. Aqui em Pernambuco, num determinado momento, um candidato a prefeito, ex-governador do estado, um homem público correto, perdeu a esportiva e deu bananas para os eleitores do adversário, que diziam palavras de ordem, durante uma passeata de campanha. 

Este mesmo cidadão, a pretexto de defender a honra de sua esposa, entrou armado na redação de um jornal local para tomar satisfações com um jornalista, responsável pela coluna social, que havia publicado uma fala jocosa de sua esposa em relação à escultura de Francisco Brennand, exposta no cais do Recife Antigo. Quando dos debates, o opositor - que ganhou aquelas eleições, costumava pedir para que ele não ficasse nervoso. Gilberto Kassab é hoje um dos políticos brasileiros mais respeitados. Atua nos bastidores, na linha de frente, com a mesma desenvoltura. Segundo dizem, o governador Tarcísio de Freitas, provável candidato às eleições presidenciais de 2026, não dá um passo sem ouvi-lo antes. Aliás, para sermos mais preciso por aqui, a vez de Tarcísio de Freitas é nas eleições de 2030, de preferência tendo ele na vice. 

No passado, porém, quando foi prefeito de São Paulo, durante uma conversa de rua, entrou num entrevero extremamente desgastante com eleitores, mostrando que mesmo homens públicos hábeis, verdadeiras raposas políticas, acabam não controlando as emoções. Esse xingamento da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, ao Secretário de Eficiência do Governo Norte-Americano, Elon Musk, era absolutamente desnecessário. Repercutiu muito mal na imprensa brasileira e internacional, sendo capaz de produzir um ônus diplomático que poderia, simplesmente, ter sido evitado. Como estamos na era dos extremos, já há um deputado que está convocando o Ministro das Relações Exteriores para que ele dê explicações sobre o assunto. Os excessos são de um lado e do outro. 

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