É curioso esse comportamento das "torcidas organizadas" nas redes sociais. Hoje, 27, o Instituto Paraná Pesquisas divulgou uma pesquisa de intenção de voto para a Presidência da República. Os levantamentos, que estão sendo realizados sistematicamente, numa espécie de monitoramento do comportamento do eleitorado, como ocorre, igualmente, em relação à aprovação da população ao Governo Lula3, aponta uma ligeira vantagem de Bolsonaro numa disputa com o presidente Lula, que poderia, em tese, disputar a reeleição. Os bolsonaristas, naturalmente, estão festejando o resultado, enquanto os petistas se concentram numa dianteira que o presidente Lula abre sobre a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Como afirmou o marqueteiro Duda Lima, numa entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, é muito cedo para discutirmos ou projetarmos expectativas eleitorais sobre as eleições presidenciais de 2026. O quadro ainda é tão nebuloso e incerto que, por exemplo, estamos aqui tratando de atores que, possivelmente não estarão concorrendo àquelas eleições. Bolsonaro será condenado e continuará inelegível até lá. Como afirmamos antes, ou as instituições democráticas deste país cumprem a lei com o rigor devido ou entraremos numa espiral golpista de consequências trágicas, numa eterna instabilidade institucional, com recorrência de quarteladas.
Já comentamos por aqui em outras ocasiões, que Michelle Bolsonaro sempre se apresenta muito bem nas pesquisas de intenção de voto. Uma resiliência eleitoral que os caciques do PL ou os familiares terão que administrar porque não desejam que ela seja o nome escolhido. Hoje, se configura uma candidatura ao Senado pelo Distrito Federal. Haveria três estados que desejam o seu passe para o mesmo cargo. Lula entra na absoluta ausência de alternativas ao seu nome no escopo das forças do campo progressista. Não faz um bom terceiro mandato, a idade está avançada, mas há a ausência de alternativas mesmo dentro do PT.
Fernando Haddad, que poderia ser este nome, sabe que entrou numa sinuca de bico ao assumir o Ministério da Fazenda. Talvez ambos, Lula e ele, tenham errado no cálculo político da empreitada. Não seria este o propósito de Lula, mas é o que se configura neste momento. Haddad briga com o números, briga com o mercado, briga com amplos setores do partido. Tornou-se inviável politicamente para ser o escolhido para disputar as eleições presidenciais de 2026 pelo campo progressista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário