Casa onde falta comida, todos brigam e ninguém tem razão. Esta parece ser a situação enfrentado pelo Governo Lula e pelo PT neste momento. As indisposições entre amplos setores da legenda e a área econômica do governo são evidentes. Recentemente foi a vez do ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva tecer alguns críticas à gestão de Gleisi Hofmann à frente da legenda. Gleisi insiste na tese de que o próximo dirigente do partido seja um nordestino. Edinho Silva tem o apoio do núcleo duro da legenda para conduzir os destinos do país pelos próximos anos. Tudo está muito incerto em relação ao PT.
Fernando Haddad chegou à Esplanada dos Ministérios com as credenciais de um eventual candidato à Presidência da República, posto que contava com o apoio de Lula para este projeto. Hoje, alinhado às diretrizes do mercado, talvez por imposição circunstancial - como se evidencia em sua proposta de zerar o déficit público - o pupilo de Lula encontra-se completamente chamuscado pelas bases da legenda, que já o trata como um neoliberal. Embora formado em economia, sugere-se, a rigor, que descascar esses abacaxis da área econômica não tem sido tarefa simples para Fernando Haddad. Ainda mais quando se depara com as cobranças de uma militância que desconhece completamente essas nuances.
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