O Ministro da Educação, Camilo Santana, chegou à Esplanada dos Ministérios com vitórias políticas espetaculares no currículo. Governador do estado do Ceará por dois mandatos bem avaliados, fiador do sucessor, Elmano de Freitas, eleito senador da República. Na realidade, conforme comentávamos naquelas eleições, no Ceará se verificou-se algo curioso. O senador, literalmente, elegeu o governador. Agora, por ocasião dessas últimas eleições municipais, o ministro voltou ao estado para emprestar seu capital político em favor do prefeito eleito, Evandro Leitão, o único caso de um prefeito de capital eleito pelo PT nas últimas eleições.
Agora, surge uma boa notícia, divulgada na Coluna Maquiavel, do site de Veja: A educação é uma das áreas bem avaliadas do Governo Lula3, o que aumenta sensivelmente o capital do ministro para habilitar-se como um eventual substituto de Lula nas eleições presidenciais de 2026, conforme se especula. Ainda é cedo para se afirmar que o PT escalará o ministro para substituir o morubixaba que, hoje, dá pinta de que será ele mesmo o candidato. Diferentemente de Fernando Haddad, hoje em visível desgaste político em função desse famigerado pacote fiscal que não consegue agradar a ninguém, Camilo segue uma linha de alinhamento com setores mais autênticos da legenda, adotando programas ou políticas públicas identificadas com as bases histórica do partido.
Na realidade, este pacote fiscal nunca foi consenso no partido, o que pode ter contribuído para tantas polêmicas em torno do assunto. Se algo ocorrer de muito errado pela frente, a rigor, o PT não pode culpar apenas o mercado. Setores do próprio PT se contrapuseram contra o pacote fiscal proposto pelo Ministro da Fazenda. Ontem, 18, o Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, precisou adiar uma votação porque o governo seria derrotado. O PSOL e gente do próprio PT iria votar contra. Tá difícil a coisa.
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