Uma declaração recente do ouvidor da Polícia Militar de São Paulo, indignado com uma ocorrência recente, quando um policial militar atirou de uma ponte um jovem motoqueiro, ainda não entendemos em que circunstâncias, mas sem registro policial, dá a dimensão do drama que o país enfrenta neste momento no tocante à violência policial. Cláudio Aparecido da Silva, depois de determinar as providências republicanas que se esperava de sua função, declarou que a a tropa estava descontrolada. De imediato, o governador Tarcísio de Freitas e o Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite determinaram o afastamento de 13 policiais de alguma forma envolvidos com o caso.
Mas tudo é ainda muito confuso, pois logo em seguida falou-se uma ouvidoria paralela. Ouvidoria paralela? No dia de hoje, 04, novas cenas de excessos, com vários policiais militares espancando um outro motoqueiro foram mostradas nas redes sociais, evidenciando as preocupações do ouvidor Cláudio Aparecido da Silva. De São Paulo a Pernambuco. Ainda repercute uma ação insana de um policial militar que atirou e matou um motoboy que o havia transportado até a sua residência. O policial militar se recusou a pagar os R$ 7,00 da corrida e atirou no rapaz.
Os gestores públicos precisam tomar cuidados redobrados em relação a essas questões. Às vezes, um simples posicionamento em relação à defesa da tropa pode ser mal interpretado como uma licenciosidade, uma permissividade, abrindo espaço para esses excessos. É essa atmosfera nebulosa que vem produzindo seus efeitos danosos para a população brasileira. O terreno é pantanoso, sensível, suscetível, inclusive, às aventuras golpistas que levantam sérias preocupações sobre o futuro.
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