pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: O erro na ação da Polícia Rodoviária Federal.
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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Editorial: O erro na ação da Polícia Rodoviária Federal.



Na véspera de Natal, agentes da Polícia Rodoviária Federal cometeram um grave erro numa operação realizada no Rio de Janeiro, onde desferiram projéteis que atingiram o carro de um cidadão desarmado, que já sinaliza que iria estacionar o veículo, como fora recomendado. Um desses projéteis atingiu a sua filha, Juliana Leite Rangel, de 26 anos,  que se encontrava com ele no interior do veículo. Juliana está hospitalizada, em coma induzido, em estado gravíssimo. Dada as circunstâncias, o caso alcançou enorme repercussão, sobretudo em razão do climão já existente acerca de eventuais excessos cometidos pelo aparato policial pelo país afora. 

Coincide, igualmente, com algumas normalizações emitidas pela Presidência da República tratando, exatamente, do uso dos recursos do aparato de segurança do Estado, quando em operação. A PRF vem se notabilizando por um trabalho excepcional realizado em todo o país nos últimos anos, credenciando-se, inclusive, a tornar-se uma força policial ostensiva, quando agindo em conjunto com as forças policiais estaduais. Até recentemente essa determinação foi assinada pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, revogando uma portaria anterior, ainda da época do presidente Jair Bolsonaro. As polícias, em todos os níveis, atuam hoje num ambiente de bastante tensionamento, abrindo os flancos, infelizmente, para ações dessa natureza. 

Esses casos estão se tornando perigosamente recorrentes. Temos conversado com algumas pessoas da área de segurança pública que dizem ser inócuas as medidas anunciadas pelo Governo Federal. Na realidade, os procedimentos já existem desde longas datas. O problema seria cumpri-los, sobretudo nesses tempos bicudos que o país atravessa. Recentemente, o ouvidor da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, antes de deixar o cargo, afirmou, categoricamente, que a tropa estava fora de controle. 

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