A rinha entre Brizola Neto e Carlos Lupi, no PDT, promete
muitos rounds pela frente. Ontem, Brizola emparedou Lupi ao apresentar uma lista
com 400 apoiadores, enfraquecendo o adversário, que acusou o golpe, propondo
uma chapa que viesse reequilibrar a correlação de forças na agremiação. Essa
rinha – já que se trata de uma palavra em voga – se estende desde longa data. Raposa
criada nas hostes brizolistas, Carlos Lupi é cheio de artimanhas. Basta lembrar
suas declarações públicas de amor eterno a presidente Dilma, quando estava com
a cabeça a prêmio. Ao privilegiar Brizola para a vaga do “feudo” republicano do
partido, o Ministério do Trabalho, Dilma tentou, com a manobra, enfraquecer
Carlos Lupi. Apesar da ostensiva ajuda do Planalto, entretanto, “Lupinho”
continua forte na legenda, mantendo uma penca de parlamentares rezando em sua
cartilha. Articulados e com votos no parlamento, eles praticamente exigem um
outro nome para ocupar aquela pasta, de preferência mais afinado com o
fisiologismo do partido. Brizola Neto foi o responsável pela remoção de alguns
entulhos da pasta, francamente susceptíveis às práticas de natureza não
republicanas. Nomeou recentemente um delegado da Polícia Federal para comandar
um setor estratégico, inibindo os aliciadores de propinas. A concessão para o funcionamento de
um novo sindicato era um verdadeiro escárnio. Até o porteiro conhecia a
“tabela”. Agora, então, que já começou a campanha presidencial de 2014 e
aproxima-se uma reforma ministerial, as pressões aumentam sensivelmente. As
centrais sindicais ligadas ao partido também demonstram insatisfações com a
presidente Dilma Rousseff. Talvez seja por isso que Lula pediu a ela,
recentemente, que procurasse melhorar o diálogo com a categoria. A exemplo do
que ocorre no Ministério dos Transportes, onde a bancada do PR não reconhece
Passos, também ali o PDT não se sente nada confortável com o neto de Brizola, embora ele continue bastante prestigiado com a presidente Dilma, qu eo colocou no cargo para por ordem na casa.
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